O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou, entre os dias 25 e 29 de agosto, a terceira etapa de campo do projeto Dinâmica Costeira na cidade de Maricá, no Leste Fluminense. O estudo, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), analisa as transformações das praias ao longo dos anos diante das mudanças climáticas.
Os dados obtidos permitirão identificar áreas mais vulneráveis a ressacas, trechos suscetíveis à erosão costeira e os períodos mais críticos do ano para a perda de areia. Com essas informações, o projeto deve apoiar ações de gestão territorial e de proteção do litoral.
Estudo compara dinâmica das praias em diferentes estações do ano
O levantamento envolve o uso de drones, coleta de materiais e análises laboratoriais ao longo de dois anos, possibilitando a comparação da dinâmica das praias em diferentes estações. A primeira etapa ocorreu em novembro de 2024 (primavera), a segunda em fevereiro (verão) e a terceira corresponde ao inverno.
O SGB tem ampliado o projeto Dinâmica Costeira em parceria com diferentes universidades. O trabalho pioneiro busca avançar no conhecimento geocientífico para subsidiar políticas públicas. O primeiro estudo foi realizado em São Vicente (SP), em cooperação com a Defesa Civil municipal e a Universidade Santa Cecília (Unisanta). O relatório final foi entregue em 7 de agosto.
Em março deste ano, também foram iniciadas pesquisas em Guaratuba (PR), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). A segunda etapa de campo no município está programada para ocorrer entre 8 e 13 de setembro, nas praias de Central e de Brejetuba.
As regiões costeiras são ambientes naturalmente frágeis, devido à dinâmica de marés, ventos, ondas e aumento do nível do mar, somada aos impactos da urbanização, poluição e exploração de recursos naturais. Essas condições afetam diretamente a vida da população.
Segundo o Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil (2011), cerca de 50 milhões de pessoas vivem na faixa litorânea, o que representa aproximadamente 25% da população brasileira.
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