Categorias: Meio Ambiente

No topo dos investimentos em saneamento no país, Rio incubará 90 startups por ano no setor

A abertura do 1º Seminário Estadual de Saneamento e Meio Ambiente (SANEA-RIO), promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção RJ (Abes Rio), na sede da Federação das Indústrias (Firjan), contou nesta manhã com uma grande notícia para o estado do Rio de Janeiro. O evento será encerrado nesta quinta-feira.

Representando o governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Leonardo Soares, ressaltou que o Estado terá nos próximos 10 anos, os maiores investimentos do setor no País.

De acordo com o executivo, somente no primeiro quinquênio, serão R$ 35 bilhões. A meta é levar água para 99% e esgotos para 90% da população. Leonardo anunciou, ainda, a criação do Laboratório de Inovação Socioambiental, que incubará até 90 startups por ano, cada uma com investimento de até R$ 100 mil. As empresas poderão transformar-se em sócia da estatal fluminense.

Na abertura do seminário, que celebra os 20 anos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu, o presidente da Abes Rio, Miguel Alvarenga Fernández y Fernández, ressaltou a importância do modelo de concessão compartilhada estabelecido pelo leilão da Cedae.

Novo plano de saneamento

Para Fernandez, a captação de esgotos pelo sistema tempo seco, que utiliza as galerias fluviais nas épocas de estiagem ou pouca chuva, terá papel relevante para o sucesso do novo plano de saneamento da Região Metropolitana do Rio.

Durante sua apresentação, o dirigente mostrou um filme de animação que explana como funciona o modelo, e observou o significado do evento para que todas as empresas e órgãos envolvidos possam debater as melhores formas de aplicá-lo com êxito.

Fernández observou que a realização do seminário “foi um sonho”, pois jamais a Abes Rio havia promovido um encontro desse porte e magnitude. “Agora, estamos virando a página da pandemia, mas temos um grande desafio na área do saneamento”, acentuou, agradecendo o apoio das patrocinadoras do evento: Águas do Rio, Águas do Brasil, Cedae, Iguá Rio, Rio Mais Saneamento e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Destacou, também, “a relevante parceria do Comitê Guandu”.

O secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, José Ricardo Brito, reiterou a importância do Rio Guandu, que abastece 80% da Região Metropolitana do Rio, tendo suas águas processadas na maior estação de tratamento do mundo.

Brito afirmou que o Comitê da Bacia Hidrográfica é parceiro de políticas públicas e educação ambiental, decisiva para o avanço do saneamento básico. “Por isso, lançamos o programa Ambiente Jovem, pelo qual capacitaremos seis mil jovens como agentes transformadores, com bolsas de R$ 200,00”. Segundo Brito, o programa de despoluição da Baía de Guanabara já reduziu em cinco mil litros por segundo o despejo de esgotos.

O presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Firjan, Mauro Viegas, enfatizou que o 1º Sanea-Rio contribui de modo significativo para o debate de soluções e tecnologias para o abastecimento de água, captação e tratamento de esgotos.

Ele observou que cada dólar aplicado em saneamento possibilita a economia de outros quatro em saúde. Lembrou, também, a adesão da federação ao Pacto Global da ONU e aos princípios de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa), aplicados na orientação das indústrias fluminenses. “O seminário da Abes Rio, ao contemplar o sistema tempo seco, ajudará as empresas a avançarem na melhoria do saneamento”, ponderou, chamando atenção para a necessidade de se mitigar o déficit no setor.

O evento conta com a participação de vários especialistas: Hendrik Mansur, engenheiro agrônomo da The Nature Conservacy; Luana Siewert Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil; Fernando Garcia, economista; Daniel Okumura, diretor de Saneamento e Grande Operação (DSG) da Cedae; Karla Bertocco, ex-presidente da SABESP; Marcia Carla Pereira Ribeiro, residente do Conselho de Administração da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar); Jorge Werneck, diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa); Isaac Volschan, engenheiro sanitarista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Leonor Amaral, engenheira sanitária e professora da Universidade Nova de Lisboa (UNL); e Diana Figueiredo, coordenadora de Operação da Águas do Tejo Atlântico (AdP).

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