A capital fluminense recebe até sexta-feira (11) o 13º Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN) para debater participação do setor como fonte sustentável de energia no Brasil. O evento acontece de forma híbrida, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Centro, e discute as várias aplicações da tecnologia nuclear em seus mais diversos campos de atuação.
Entre os temas abordados estão o estímulo ao uso de mais tecnologia com menos emissões de CO2, segurança da sociedade e das plantas de geração nucleares, as obras da usina de Angra 3, oportunidades de negócios e as aplicações da tecnologia nuclear no meio ambiente, medicina, agricultura e indústria.
O evento, que retorna às atividades presenciais este ano, mas mantém transmissão on-line, discutirá também as oportunidades de negócios na área nuclear desde a mineração, radiofármacos para uso em medicina nuclear, irradiação de alimentos e a retomada de Angra 3 além projetos para novas usinas nucleares.
“O foco agora é ampliar e potencializar o alcance deste debate à sociedade e a todos os segmentos do setor. Nosso objetivo é ampliar o retorno e, em consequência, os benefícios tecnológicos e comerciais diretos a todos os parceiros e participantes do debate, sem perder de vista a qualidade e o conteúdo do evento”, diz a organização do seminário.
Na abertura do seminário, que aconteceu na terça-feira (8), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, destacou que a energia nuclear tem papel estratégico na transição para uma matriz limpa no país, bem como para garantir a soberania energética do Brasil.
“Ao discutir fissão e fusão, estamos trabalhando exatamente nessa linha. Nós já temos uma estratégia de recursos que começaram neste ano e, para o ano que vem, já tem todo um conjunto de encaminhamentos, seja que governo for, porque nós estamos falando de política de Estado. Estamos falando de uma capacidade científica e tecnológica, de uma competência empresarial e de uma teia de atores que formam um ecossistema irreversível que nós temos. E precisamos de previsibilidade e continuidade”, afirmou o ministro.
Segundo o relatório Balanço Energético Nacional, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2021, o Brasil utilizou 44,7% de energias renováveis e 55,3% de não renováveis. A energia nuclear corresponde a 1,3% do total da matriz brasileira e chega a 5% no mundo.
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