Para muita gente, os 18 meses, ou um ano e meio, que nos separa da realização das próximas eleições no Brasil está distante. Mas na realidade, em tempos de inteligência artificial e ultra velocidade de divulgação de informações, a corrida já começou.
Diante de um cenário que sugere a repetição de métodos que fogem aos processos transparentes, com compartilhamento de notícias inverídicas e fatos não checados, é preciso trabalhar para que o processo seja o mais democrático possível.
Um desses trabalhos diários é a observação eleitoral. Com sólida trajetória no Direito Eleitoral, o advogado Bruno Martins, ex-desembargador eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), participou como chefe da missão internacional de observação eleitoral no segundo turno das eleições presidenciais do Equador.
Bruno Martins já integrou quase 15 missões de observação eleitoral — tanto no Brasil quanto no exterior — e foi convidado diretamente pela atual presidente do Consejo Nacional Electoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint, órgão responsável pela organização, administração e execução das eleições no país.
Para Bruno, que ressalta a solidez do sistema eleitoral brasileiro, fala sobre os desafios para 2026. “O Brasil possui um sistema eleitoral sólido, com experiência reconhecida internacionalmente. Em tempos de inteligência artificial e desinformação, o desafio está em aprimorar os mecanismos de verificação e fortalecer a educação digital, garantindo que a tecnologia seja usada para somar à transparência do processo”.
Durante a observação da eleição equatoriana, a delegação chefiada por Bruno Martins contou com a participação dos advogados Renato Ribeiro, Miguel Dunshee e João Rafael, além de Guilherme Sturm, CEO da empresa Essent Jus, referência nacional em contabilidade eleitoral no Brasil.
O ex-desembargador deixa claro que para combater a desinformação é preciso investir em comunicação clara. “Todo processo eleitoral pode e deve ser continuamente aprimorado. O foco deve estar na comunicação clara com o eleitorado, no combate à desinformação e na promoção de um ambiente de disputa equilibrada e transparente, respeitando sempre as instituições e os marcos legais”.
No próximo ano o Brasil vai às urnas para escolher, além de presidente, Deputados Estaduais e Federais e Senadores. Bruno Martins ressalta que é preciso se adaptar à realidade de cada região em um país tão grande como o Brasil.
“A dimensão continental do país exige soluções criativas e adaptadas à realidade de cada região. O Brasil já acumula experiência em superar esses desafios, mas seguir investindo em tecnologia, capacitação e acessibilidade é essencial para garantir que todos os eleitores tenham voz, em qualquer parte do território.”
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