O projeto Caminhão de Histórias chegou à Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na capital fluminense, nesta semana com a exposição “A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?”. A iniciativa é uma inspiração da obra infanto-juvenil da escritora brasileira Clarice Lispector (1920-1977).
A mostra acontece dentro de um caminhão-baú de 15 metros. A visita é gratuita e acontece até domingo (8), das 10h às 17h.
A exposição é baseada nos livros de Clarice Lispector “A vida íntima de Laura”, “O mistério do coelho pensante” e “A mulher que matou os peixes”. Essas e outras 14 obras de um dos maiores nomes da literatura brasileira estão disponíveis para leitura na Biblioteca Municipal Ziraldo.
O órgão funciona na Cidade das Artes, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábado e domingo, das 12h às 19h. A biblioteca conta com mais de sete mil títulos e computadores com acesso à internet. A inauguração aconteceu em julho deste ano a partir do projeto Bibliotecas do Amanhã, da Secretaria Municipal de Cultura.
Caminhão reproduz apartamento de Clarice
O caminhão-baú é totalmente adesivado com ilustrações que abordam vários aspectos de vida da escritora. Ele possui imagens de cidades e países que ela visitou ou viveu, como Recife, Rio de Janeiro, Pisa, Genebra e Washington. Há também gravuras de Clarice cercada de crianças, jardins e animais. O interior do veículo reproduz o último apartamento em que a autora viveu nos anos 70, no Leme, na zona Sul da cidade.
A exposição tem curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta e consultor de literatura do Instituto Moreira Salles (IMS) e professor de literatura brasileira na UFRJ, direção artística e cenografia de Daniela Thomaz, cineasta, diretora teatral, dramaturga e cenógrafa. A mostra conta ainda com intervenções artísticas dos artistas plásticos Maria Klabin, Marcela Cantuária, Raul Mourão e Mariana Valente, neta de Clarice.
Sobre os livros de Clarice Lispector
- “A vida íntima de Laura” conta a história da galinha que mais bota ovos em todo o galinheiro. Clarice diverte os pequenos sem subestimar sua inteligência ao compor uma personagem cheia de nuances.
- “O mistério do coelho pensante” traz o sumiço de um simples coelhinho branco. O acontecimento inspira uma das mais instigantes histórias infanto-juvenis da escritora, onde ela discorre sobre profundas questões existenciais, na dose certa para a apreciação dos pequenos leitores.
- “A mulher que matou os peixes” propõe a sintonia com os leitores a partir do endereçamento direto já que o texto é uma confissão da narradora e um pedido de perdão à humanidade. Suspenses são encontrados a partir de pequenas tramas, em que perdão e culpa se sucedem.
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