Pouca gente sabe que a construção da Ponte Rio-Niterói envolveu tratados comerciais com o Reino Unido, a presença da Rainha Elizabeth II no Brasil e até mesmo inspirou composições musicais. Esses e outros aspectos da história da maior ponte do Brasil estão reunidos na exposição “Ponte Rio-Niterói: uma Ponte entre Histórias”, em cartaz no Memorial Ponte Rio-Niterói, localizado na Ilha da Conceição, em Niterói, no Leste Fluminense. A entrada é gratuita e a mostra permanece no local até 30 de julho, quando passa a integrar o acervo permanente do espaço.
Fruto de uma parceria entre a curadoria do Memorial e a Universidade Federal Fluminense (UFF), a exposição apresenta uma ampla pesquisa histórica com documentos originais, objetos de época e conteúdos audiovisuais. Um dos destaques é a réplica de um documento inédito, resultado do acordo firmado entre os governos do Brasil e do Reino Unido, que viabilizou o financiamento da obra com empréstimo internacional. A peça é exibida ao lado de imagens históricas da visita da monarca britânica em 1968, ocasião em que foi lançada a pedra fundamental da Ponte.
Reportagens de jornais e vídeos da década de 1970 fazem parte da exposição
A mostra também reúne reportagens de jornais e vídeos da década de 1970, oferecendo ao público uma visão técnica e cultural sobre a construção da ponte e sua repercussão na sociedade brasileira. No campo musical, a trilha sonora da exposição inclui composições como a do artista Pedro Marcílio (Marcus Pitter), escrita ainda em 1970, e canções de Jorge Ben Jor, Tom Zé e Seu Jorge que remetem à ligação entre as cidades de Niterói e Rio de Janeiro.
Entre os objetos em exibição, chamam atenção as medalhas comemorativas cunhadas ao longo das etapas da construção e a miniatura do DKW Candango — primeiro carro a cruzar oficialmente a Ponte, em março de 1974. O modelo, fiel ao original, possui adesivos das instituições envolvidas na obra e acabamento automotivo laranja.
O Memorial também conta com recursos de acessibilidade, como maquete tátil da Ponte e materiais adaptados em áudio e vídeo para pessoas com deficiência visual e auditiva. Além da visita presencial, o público pode acessar o acervo digital no site oficial, que disponibiliza fotografias da construção, plantas técnicas organizadas por fase da obra e uma seleção de estudos acadêmicos sobre a Ponte, abrangendo diversas áreas do conhecimento.
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