São João, Nilópolis e Porciúncula. Em comum a data de emancipação. Conheça essa história.

21 de agosto de 1947. O mundo se recuperava das mazelas da Segunda Guerra Mundial quando no estado do Rio de Janeiro foi oficializada a emancipação política de três localidades. Dois ficam na Baixada e um no Noroeste Fluminense. Ali começava a história dos municípios de Porciúncula, Nilópolis e São João de Meriti, que escreveram narrativas diferentes, mas eternamente ligadas por essa questão.

A história de cada cidade

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima que a população de Porciúncula, um pequeno município na divisa com Minas Gerais, no Norte Fluminense, seja de 19 mil pessoas. O povoamento da região começou a crescer no século XIX com o desenvolvimento de Itaperuna, maior cidade do Noroeste Fluminense.

A história conta que com o centro do povoado localizado às margens do Rio Carangola, nas proximidades da atual cidade de Natividade, já era possível enxergar progresso econômico e social. Como era comum naquela época surgiram as reclamações por assistência social e religiosa.

No ano de 1879 foi criada, então, a freguesia de Santo Antônio de Carangola, naquela época em terras do município de Campos dos Goytacazes. Seis anos depois a localidade passaria a fazer parte do município de Itaperuna.

O nome porciúncula

De 1892 a 1894, período em que foi governador do Rio de Janeiro, José Tomás de Porciúncula de 1892 a 1894 deu atenção especial as questões relacionadas à localidade de Santo Antônio de Carangola. O político se dedicou a resolver um conflito ocasionado por conta do traçado de ferrovias que cortavam a região.

Ele trabalhou para que a localidade tivesse uma estação da Estrada de Ferro Leopoldina e deu resultado. Em 1893 o prédio foi construído e os dirigentes da companhia deram o nome do governador à estação. Desta forma, a localidade passou a ser conhecida como Porciúncula. Em 21 de agosto de 1947 a cidade conquistava a emancipação do município de Itaperuna.

A cidade de Porciúncula com uma bela cadeia de montanhas ao redor.

A densa princesinha

Dona da segunda maior densidade demográfica do estado do Rio de Janeiro e simplesmente a oitava do Brasil, a cidade de Nilópolis tem população estimada em 162 mil pessoas, com 8 mil habitantes por km². Conhecida como princesinha da Baixada Fluminense, Nilópolis nasceu, como todas as cidades da região, no berço de Nova Iguaçu.

Tocar a gestão de uma cidade com uma densidade demográfica tão grande não é fácil. Rodrigo Kekeu, candidato a deputado federal, projeta como seria não só Nilópolis, mas como também a Baixada Fluminense dos sonhos: “Nilópolis dos sonhos é aquela com cobertura total da Saúde, com a parte de urbanização funcionando. Pegando o parâmetro do município ao lado, Mesquita. Fazendo toda a pavimentação do asfalto.” “É uma Nilópolis limpa, que entrega para a população da baixada Fluminense seu serviço público em dia”.

A história mostra que no fim do século XIX e início do século XX a região vivia um período de loteamento de grandes fazendas. Em 6 de setembro de 1914, o coronel Júlio de Abreu foi conhecer a região e se interessou, comprando uma parte e inaugurando, com direito a festividade e presença de personalidades da época, a Vila Ema, em homenagem à sua esposa. Estava criado o marco da cidade de Nilópolis.

Ao mesmo tempo, classes menos favorecidas da população também tinham acesso aos lotes e com as aquisições o processo de povoamento evoluiu dando início a outros pontos de concentração de moradias e comércios.

Em 21 de agosto de 1947 Nilópolis tem sua emancipação oficializada. Desmembrada do município de Nova Iguaçu, a cidade é então constituída de dois distritos: Olinda e Nilópolis. Seu nome vem de uma homenagem ao então presidente da República Nilo Peçanha. O político era na época presidente de honra de uma agremiação chamada Bloco Progresso de Nilópolis, encabeçada pelo coronel Júlio de Abreu. Esse grupo trouxe melhorias importantes para a cidade como água potável, igrejas, comércio e pontes.

A cidade de Nilópolis recebeu o nome em homenagem a Nilo Peçanha, que foi presidente da República.

A aglomerada Meriti

O município de São João de Meriti ostenta o título de cidade com maior densidade demográfica do país. São 13 mil habitantes por km². É mais do que o dobro do número do município do Rio de Janeiro. Sua população estimada em 473 mil pessoas a coloca como a oitava mais populosa entre os 92 municípios do estado.

A história da formação de São João de Meriti se assemelha a de Nilópolis pela aquisição de lotes de fazendas na região. Com o território banhado pelos rios Meriti e Sarapuí, a freguesia de São João Batista de Meriti é formada em 1833, então 4º distrito da Vila de Iguassu.

Quase meia década depois, em 1875, começa a construção da igreja de São João Batista de Meriti no mesmo local onde ela se encontra atualmente. Era o sinal do desenvolvimento que aquela região já demonstrava naquela época.

Com pouca mão-de-obra disponível, as grandes fazendas são fracionadas e caem nas mãos de pequenos proprietários que desenvolvem por ali atividades como fruticultura e hortigranjeira com o objetivo de abastecer a cidade do Rio.

A Vila de São João de Meriti se desenvolveu através da freguesia de Meriti, ainda pertencente ao município de Iguassu. Em 21 de agosto de 1947 a cidade recebia sua emancipação. Seu nome é uma clara referência a seu padroeiro, São João Batista e um dos rios que cortam a cidade.

A Paróquia de São João Batista de Meriti, cuja construção começou em 1875, no mesmo local.

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