Importante para o contexto histórico da cidade do Rio de Janeiro, o bairro de Santa Cruz tem vida própria que vence o preconceito dos que dotados de visão centrista reduzem a sua significância por causa de sua distância do Centro. E é nessa vida própria, independente, que nasce a Escola de Samba que representa o bairro.
Nesta sexta-feira a G.R.E.S Acadêmicos de Santa Cruz, escola mais famosa do bairro, celebra 63 anos de história. Ela começou a ser desenhada nos anos 1950, a partir do bloco “Vai Quem Quer”. No dia 18 de fevereiro de 1959, um grupo formado por dez jovens fundou o bloco carnavalesco “Os Acadêmicos de Santa Cruz”.
A escola de samba
O bloco fez sucesso e venceu desfiles na então Zona Rural, o que fez com que seus dirigentes pensassem em transformá-lo em escola de samba. Em abril de 1962, “Os Acadêmicos de Santa Cruz” se filiavam à Confederação das Escolas de Samba, adotando o prefixo de Grêmio Recreativo Escola de Samba. A agremiação estava apta a disputar o desfile da Praça Onze de 1963.
Em 1966, a Acadêmicos de Santa Cruz chegou à elite do Carnaval carioca. A Escola de Samba ficou em nono lugar no Grupo 1, que à época desfilava na Presidente Vargas, e acabou rebaixada. De lá para cá foram subidas e descidas de divisões, como o desfile na Marquês de Sapucaí recém construída, em 1985.
A última vez que a Acadêmicos de Santa Cruz desfilou na elite do Carnaval carioca foi em 2003, quando acabou rebaixada ao ficar em 14º lugar. Neste ano a escola disputa a Série Ouro com o samba-enredo “Axé Milton Gonçalves! No Catupé da Santa Cruz”