Nas entrelinhas da notícia

Incoerência política e cegueira do povo

*Por Professor Hélvio Costa

Algumas características nos diferenciam dos animais, linguagem, ética, consciência são algumas dessas características. Porém, uma característica dos animais me fascina, a coerência. A galinha sempre ciscará, o porco mesmo lavado por duchas matinais chafurdará na primeira oportunidade em que encontra uma poça de lama, o cachorro independentemente de como foi do dia de seu “dono” irá recebe-lo com muita alegria e o gato ira sempre fazer o quer, a águia estará sempre alçando lindos e majestosos voos pois todos seguem a coerência de suas naturezas.

O homem, e em especial o homem político (em alguns casos) especificamente falando sobre coerência é o ser vivo mais simetricamente oposto aos animais, pois não guarda o mínimo de coerência entre o que fala nos períodos eleitoras e após esse período.

Vejamos apenas alguns casos como por exemplo Marina Silva, Geraldo Alkmin, Guilherme Boulos, André Janones, Simone Tebet todos cada um ao seu turno eleitoral afirmaram com alguma variação de linguagem basicamente o seguinte: Não tenho dúvida de que Lula é o chefe da quadrilha do PT, que o Petrolão foi o maior esquema para desvio de dinheiro público no Brasil, uma roubalheira sem precedentes.

Sem a menor vexação influenciados pelo cauterizador de atitudes incoerentes (cargos e poder) passados os ventos eleitorais querendo se manter no poder a qualquer custo, se aliam ao inimigo de outrora (Lula ou qualquer outro que esteja no poder) antes corrupto e agora salvador, isso fazem sem nem corar o rosto.

Sem dar a menor satisfação a seus eleitores unem forças com o ser abjeto e execrável. Que fato novo aconteceu? Ele já não é tão corrupto, foi um engano? Se retratou? O povo nada diz, não cobra parece estar em um estado de cegueira coletiva. O razoável seria explicar aos seus eleitores que mudou de opinião, mas fica assim, o dito pelo não dito como se os eleitores não tivessem a menor importância.
O Brasil somente terá seu nome incluído no rol dos países respeitáveis com uma população consciente, quando o povo não mais permitir ser usado por esses políticos, precisamos de consciência política, mas esse será assunto da próxima coluna.


Professor Hélvio Costa é jurista e professor universitário

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