Uma onça-parda (Puma concolor) foi vista recentemente pela primeira vez no Pico da Caledônia na semana passada. Esta é uma área do Parque Estadual dos Três Picos, na Região Serrana. O animal foi registrado por meio de armadilhas fotográficas instaladas na unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O flagra é um dos mais de dois mil cliques feitos pelo equipamento em duas áreas protegidas do Estado desde 2019. A ferramenta é um dos principais meios de monitoramento da fauna, além de ser essencial para a preservação das espécies.
“Cada unidade de conservação conta com características únicas e de biodiversidade, sendo essenciais para a conservação da fauna. A presença desses animais atesta a importância da preservação. Por isso, o monitoramento é fundamental e essas câmeras são as principais ferramentas”. ressalta o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Iniciativa é fruto de parceria entre Inea e projeto
No Parque Estadual dos Três Picos, a parceria entre o Inea e o Projeto Aventura Animal é a responsável pelos avanços significativos no monitoramento. A cooperação instalou 16 armadilhas na região de Salinas e 20 no Pico da Caledônia.
Entre os cliques estão os registros de espécies ameaçadas de extinção no Brasil e no Estado. Entre as raridades registradas estão o gato-do-mato, gato-maracajá, gato-mourisco, onça-parda e uma paca, espécie muito visada por caçadores.
A ferramenta permite um panorama mais abrangente da fauna local e contribuindo para a gestão das áreas protegidas. Com a instalação de câmeras camufladas e ativadas à distância, os gestores têm acesso a informações valiosas que orientam as decisões sobre a proteção e a preservação dos habitats naturais.
Monitoramento colabora com conservação
“É sempre motivo de alegria registrar a presença desses animais na Unidade, pois são resultado de um ambiente saudável e equilibrado. Esses avistamentos coroam as ações de conservação realizadas pelo Parque Estadual dos Três Picos”, declara a gestora, Maria Alice Picole.
Do outro lado do estado, o Parque Estadual Cunhambebe, que abrange parte dos municípios de Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio Claro e Itaguaí, no Sul Fluminense, também se destaca como centro de excelência no monitoramento da fauna.
Neste parque são utilizadas armadilhas fotográficas por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a Vale. Além das imagens, são registrados dados sobre a biodiversidade local. Até o momento, já foram mais de 900 registros de espécies pelas armadilhas do bem.
“Os registros desses animais são um sinal positivo de que o ambiente está equilibrado e saudável. Essas informações são cruciais para a implementação de estratégias de preservação. Além disso, as imagens capturadas são utilizadas em programas de educação ambiental, sensibilizando a comunidade sobre a importância da biodiversidade”, afirma o gestor, Ivan Cobra.
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