Leão discursa em frente a Ancelotti durante o evento da CBF. Crédito: Reprodução
Por Marcos Vinicius Cabral
O que era para ser uma manhã de homenagens acabou se transformando em um momento de tensão na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta terça-feira (4). A ‘saia justa’ foi durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, que reuniu nomes históricos da categoria e contou com a presença de Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira. Os ex-treinadores Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira aproveitaram o microfone para criticar a presença de treinadores estrangeiros no país — justamente na frente do comandante italiano.
Campeão mundial em 1970 e um dos homenageados do evento, Leão foi o primeiro a quebrar o protocolo. Ao subir no palco, fez um longo discurso em tom de desabafo. “Eu sempre disse que não gosto de treinadores estrangeiros no meu país, e isso serve para o Mancini, que é o presidente (da Federação Brasileira de Treinadores). Antes eu falava que não suportava treinadores estrangeiros. E não mudo. Mas tenho que ser inteligente o suficiente pra dizer que isso tudo tem um culpado: nós, treinadores brasileiros”, disse.
Apesar da crítica, o ex-goleiro que tem carreira marcante como técnico, admitiu que a chegada de técnicos de fora é consequência da queda de qualidade e atualização dos profissionais brasileiros. “Nós somos culpados da invasão de outros treinadores que não têm nada a ver com isso”, completou.
Ao encerrar sua fala, Leão dirigiu-se a Vagner Mancini, que assumiu em outubro o comando do Red Bull Bragantino e é presidente da Federação Brasileira de Treinadores, e também lançou uma indireta ao italiano Ancelotti: “Boa sorte no seu futuro. Boa sorte para você também”, disse, olhando diretamente para o técnico da seleção.
Logo depois, Oswaldo de Oliveira, outro homenageado e um dos técnicos mais vitoriosos do futebol brasileiro nas décadas de 1990 e 2000, reforçou o discurso de Leão. “Eu não queria treinador estrangeiro, mas não tinha jeito. Se tivesse que ser, que fosse esse senhor”, afirmou, apontando para Ancelotti. “Torci pra ser esse senhor. Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro.”
Mesmo com o clima constrangedor, Ancelotti manteve o tom diplomático durante o evento e agradeceu a homenagem sem comentar as críticas.
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