Por Nelson Lopes
Michelle Bolsonaro foi direta com Sóstenes Cavalcante: não quer saber de mensagens de deputados do PL para Jair Bolsonaro, enquanto durar a quarentena para se recuperar de um mal-estar sofrido na terça-feira, em Brasília. Os parlamentares estão proibidos de convidá-lo para eventos do partido e até mesmo fazerem contato para se aconselhar com o ex-presidente. A recomendação médica é de descanso total.
De acordo com boletim, o ex-presidente realizou exames que apontaram uma “intensa esofagite com processo inflamatório, erosões mucosas e gastrite moderada”. Bolsonaro passou por uma endoscopia digestiva e será submetido a tratamento medicamentoso para tratar da inflamação.
Flávio na CPI do Crime Organizado
Isto acontece em uma semana de vitórias para a família Bolsonaro: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vai assumir uma vaga do partido na CPI do Crime Organizado. Ligado ao tema, Flávio é presidente da Comissão de Segurança do Senado. A decisão integra a articulação do Partido Liberal para ocupar posições-chave nas CPIs em curso no Congresso, especialmente em frentes que envolvam temas sensíveis ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A proposta de criação da comissão, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), está na fase de indicação dos membros pelos partidos. A expectativa é que o colegiado, a ser composto por 11 membros titulares e 7 suplentes, seja instalado logo após o recesso legislativo de julho, com prazo de funcionamento de 120 dias e limite de despesas de R$ 30 mil.
Reforma administrativa em alta no Congresso
O Grupo de Trabalho (GT) da Reforma Administrativa, coordenado pelo deputado Pedro Paulo, do PSD do Rio, promoveu uma série de encontros técnicos com especialistas para discutir mudanças cruciais que afetam diretamente os servidores públicos e as carreiras jurídicas. Durante as audiências realizadas, o foco foi claro: como a reforma pode transformar os processos de contratação e avaliação de desempenho no serviço público, além de modernizar a estrutura de carreiras jurídicas. A principal preocupação, segundo os organizadores, é a eficiência e a adaptabilidade do serviço público, que precisa acompanhar as necessidades de uma sociedade cada vez mais dinâmica e conectada.
Um dos pontos mais discutidos foi a reformulação dos concursos públicos. Em um cenário em que a digitalização e a transparência são mais do que necessárias, os concursos devem se tornar mais acessíveis, rápidos e alinhados com as exigências do mercado de trabalho atual. Com o aumento da digitalização e a necessidade de maior eficiência, o GT está propondo modificações significativas para garantir que o processo seletivo seja mais ágil, sem perder a qualidade e a segurança jurídica.
Petista reage à Anistia
Lindbergh Farias reagiu à possibilidade de um texto alternativo para a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro ser votado antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18. Sem papas na língua, ele questionou os partidos de direita.
“A mesma Casa Legislativa que aprovou um projeto, na quarta-feira (1) para endurecer a progressão de regime de um extenso rol de crimes agora quer aprovar às pressas um PL que anistia golpistas condenados por atentar contra a democracia. Que moral tem para punir uns e perdoar outros? Quem tentou destruir o Estado de Direito merece punição exemplar. A anistia proposta é inconstitucional por múltiplas razões. Fere a separação entre os Poderes ao anular, por ato político, decisões judiciais definitivas proferidas pelo STF”, afirmou.
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