Conexão Rio-BSB

Molon se prepara para o Senado

Por Nelson Lopes

Ainda falta tempo, mas as campanhas já disputam marqueteiros para as eleições do ano que vem. O marqueteiro Paulo Vasconcelos, que era o favorito para assumir a futura campanha de Rodrigo Bacellar ao governo do Rio, já tem tudo apalavrado para abraçar uma empreitada de Molon ao Senado. Experimentado, Vasconcellos foi o responsável pela campanha arrebatadora que deu a vitória, em primeiro turno, na reeleição de Cláudio Castro, em 2022. Também foi dele a estratégia de campanha de Alexandre Ramagem à prefeitura da capital fluminense, no ano passado. A aliados, Vasconcelos descarta qualquer vínculo com Bacellar e pretende abraçar uma campanha mais ao centro, do que mais um nome associado a Bolsonaro no Rio.

No bolsonarismo, a aposta nele era grande: embora Ramagem tenha sido derrotado por Eduardo Paes, a avaliação de Vasconcelos seguiu sendo boa, já que tinha o dever de popularizar o nome de um desconhecido do grande eleitorado e tenha se saído bem, na tarefa de apresentá-lo como alternativa em um cenário no qual pipocavam denúncias contra o ex-diretor da Abin. Mas, mais do que isso: nas duas campanhas, Vasconcelos se saiu bem na tarefa de colocar Castro e Ramagens como nomes da confiança de Bolsonaro.


Para onde vai Luciano Vieira?

O deputado Luciano Vieira não teve as suas condições exigidas, em conversa com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, e cogita deixar o partido, após perder a disputa pela presidência do diretório fluminense da legenda. A gestão ficará com o pastor Luiz Carlos, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. A Vieira foi oferecida a vice-presidência do Republicanos, o que não daria a ele a autonomia exigida para conduzir o projeto eleitoral do partido em 2026. Por isso, ele negou. Vieira pediu a Pereira um prazo de três semanas para repensar a permanência no Republicanos. A briga com Luiz Carlos acontece depois de Waguinho deixar o cargo. O ex-presidente acumulou reveses políticos que foram desde a tentativa frustrada de eleger o sobrinho sucessor em Belford Roxo, até ameaças de inelegibilidade e investigações.

Vieira pedia para ter a garantia de que teria a presidência do Republicanos depois das eleições de 2026. Ele também pedia para coordenar a “ala política” da legenda, enquanto Luiz Carlos conduziria a ala religiosa. O pleito não foi atendido e a função de vice foi tida como “decorativa”. Vieira é, atualmente, um dos principais líderes da bancada fluminense no Congresso e amigo do presidente da Câmara, Hugo Motta.


Otoni sendo Otoni…

Após ter chamado o ministro Alexandre de Moraes de “lixo”, “canalha”, “esgoto” e “déspota” durante transmissões ao vivo em 2020, o deputado federal Otoni de Paula, do MDB do Rio, mudou radicalmente o tom e entregou pessoalmente ao magistrado uma carta escrita à mão em que pede “perdão” e admite que se “excedeu” ao fazer as ofensas. O documento foi entregue durante um encontro reservado no gabinete de Moraes, realizado recentemente em Brasília.

O pedido de desculpas ocorre em meio ao processo em que o deputado responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por difamação, injúria e coação no curso do processo — denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sob comando de Augusto Aras, ainda em 2020. Em 2023, o plenário do STF aceitou a denúncia e transformou o parlamentar em réu. Moraes, no entanto, se declarou impedido e não participou da votação. O julgamento de mérito, que pode resultar na cassação do mandato de Otoni, ainda não tem data marcada.


Moro defende Brêtas

O senador e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, do União Brasil do Paraná, criticou duramente a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que impôs a aposentadoria compulsória ao juiz federal Marcelo Bretas. Em discurso no plenário do Senado nesta terça-feira, Moro afirmou que a medida foi desproporcional e que as acusações contra Bretas são “vagas” e carecem de base probatória.

“Claro que nós respeitamos as decisões das instituições, mas eu tive a oportunidade de olhar esse processo e, sinceramente, o quadro probatório não é convincente”, disse Moro. Para ele, a decisão “não é correta à luz das provas” e representa, no mínimo, “uma violação da presunção de inocência”. O senador ainda ponderou que Bretas pode ter cometido falhas, mas que elas não justificariam uma sanção considerada extrema: “Talvez ele tenha cometido um ou outro equívoco na condução do seu trabalho, mas nada que justificasse uma sanção tão severa”.


Quer receber esta e outras notícias diretamente no seu Whatsapp? Entre no nosso canal. Clique aqui.

Posts Recentes

Fórum da SBM-RJ reúne pacientes e ONGs no Congresso de Mastologia

A Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Rio de Janeiro (SBM-RJ) realizará no próximo dia…

8 horas atrás

Cultura japonesa celebrada com programação gratuita em Itaguaí

O Centro de Memória dos Povos Originários e Tradicionais da Costa Verde, localizado no Shopping…

8 horas atrás

Lindbergh Farias consolida força na política nacional

Deputado federal mais votado do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro nas eleições…

9 horas atrás

Até quando Brasil?

*Por Professor Hélvio Costa Até quando acharemos normal o que vivemos no Brasil, sendo a…

2 dias atrás

Josier Vilar inicia segundo mandato na ACRJ

Em uma cerimônia concorrida realizada no último domingo (16), o médico e empresário Josier Vilar…

2 dias atrás

Coleta de óleo de cozinha em escolas começa em Meriti

A Prefeitura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, deu um novo passo em…

2 dias atrás