*Por Marcos Santos
Ao longo da minha vida profissional, aprendi que o esporte é muito mais do que medalhas, títulos e recordes. Ele é uma poderosa ferramenta de transformação.
Dentro de uma quadra, em um campo ou até em uma simples roda de treino, o que realmente acontece é a construção de histórias de pertencimento e de superação.
Quando falamos em inclusão social, o esporte tem um papel insubstituível. Ele conecta pessoas diferentes, quebra preconceitos e abre espaço para que todos possam mostrar seu potencial. No esporte, não importa a condição física, social ou econômica: o que importa é a coragem de participar, o esforço de cada dia e a capacidade de acreditar em si mesmo.
O esporte adaptado nos ensina isso de forma muito clara. Cada partida, cada treino e cada conquista revelam que talento não tem padrão, que a determinação é universal e que as limitações existem apenas quando a sociedade insiste em enxergá-las.
Quando um atleta com deficiência alcança uma vitória, essa conquista é coletiva: inspira famílias, fortalece comunidades e aponta novos caminhos para todos nós.
Também acredito que a inclusão gerada pelo esporte não se restringe aos atletas. Técnicos, profissionais de apoio, voluntários e torcedores se transformam ao vivenciar esse ambiente. Uma criança que acompanha um jogo de power soccer (Futebol em Cadeira de Rodas), por exemplo, cresce entendendo que diversidade é sinônimo de riqueza e que o verdadeiro espírito esportivo está em celebrar cada esforço, não apenas o resultado final.
Defendo com convicção que investir em esporte é investir em cidadania. É oferecer oportunidades, abrir portas e mostrar que cada pessoa pode ser protagonista da sua própria trajetória. Esse é o legado que precisamos consolidar: um esporte sem barreiras, capaz de acolher, transformar e incluir.
*Marcos Santos, presidente da Suderj, é especialista em Administração Pública e referência em inclusão no esporte
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