Capital
Avanço

Obras do Metrô da Gávea avançam após dez anos de paralisação

Visita técnica reúne autoridades e especialistas no canteiro ao lado da PUC.

Compartilhe:
15 de setembro de 2025
Sara Oliveira
Obras do Metrô da Gávea avançam após dez anos de paralisação
A comitiva posa para foto no fim da galeria da futura estação Gávea. (Foto: Jorge Antonio Barros)

Após dez anos de paralisação, as obras do Metrô da Gávea, na Zona Sul da capital, seguem avançando. Na manhã da última sexta-feira (12), o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), Miguel Fernández, participou de uma visita técnica ao canteiro, acompanhado da secretária estadual de Transportes, Priscila Sakalem, e do deputado estadual e engenheiro civil Luiz Paulo Corrêa da Rocha.

“É fundamental essa retomada das obras que estavam paralisadas e representavam um grande risco à sociedade. Através de um grande trabalho de entendimento entre o governo do estado, o Metrô e o TCE, foi possível chegar a uma convergência, que a gente no CREA sempre defendeu”, afirmou Fernández. “Isso traz segurança à população do entorno, da PUC, dos moradores da Gávea, e, principalmente, melhorias na mobilidade.”

Obras do Metrô da Gávea devem terminar em 2028

Com investimento estimado em R$690 milhões, a estação deve beneficiar cerca de 20 mil pessoas, sendo 7 mil usuários imediatos por dia, com ligação direta até São Conrado e a Barra da Tijuca. A previsão de entrega é para o segundo semestre de 2028, segundo o engenheiro Rodrigo Jurdi, do Consórcio Rio Gávea. Atualmente, 120 trabalhadores atuam no canteiro, e a expectativa é gerar cerca de 1.200 empregos ao longo da obra.

O diretor de implantação do Metrô Rio, Silvio Godoy, explicou que os trabalhos foram retomados em maio, com a retirada gradual da água acumulada em poços subterrâneos. “Já removemos cerca de 10 mil litros, mas ainda faltam 30 mil. A drenagem é feita lentamente, por segurança, e monitorada por drones”, disse.

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha avaliou positivamente as informações técnicas apresentadas. “Me pareceu que a segurança da obra está sendo bastante bem feita, com controle rigoroso. Como plano B, o projeto tem mais de duas dezenas de pontos de bombeamento para rebaixar o lençol freático, caso seja necessário”, afirmou.

A obra ainda exige a escavação de 200 metros de rocha com uso de explosivos. O tatuzão utilizado inicialmente está desativado desde 2015 por falhas elétricas.

Também participaram da visita diretores e superintendentes do CREA-RJ, além de fiscais da Rio Trilhos. O grupo percorreu cerca de um quilômetro dentro do túnel, a 60 metros de profundidade, que terá 3,2 quilômetros de extensão até São Conrado.

Para o diretor do CREA-RJ, Alexandre Vacchiano, a estação da Gávea tem papel estratégico para a rede metroviária da cidade. “A conclusão dessa estação tem o potencial de destravar outras linhas do Metrô, o que é muito bom para todos”, destacou.


Quer receber esta e outras notícias diretamente no seu Whatsapp? Entre no nosso canal. Clique aqui.

/* */