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A Influência da Dieta na Saúde Mental e Estratégias para Melhorar o Bem-Estar Emocional

No mês da conscientização sobre a proteção da Saúde Mental, a nutricionista Allexya de Carvalho joga luz sobre a importância da nutrição.

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27 de setembro de 2023
A Influência da Dieta na Saúde Mental e Estratégias para Melhorar o Bem-Estar Emocional
Uma alimentação balanceada pode trazer benefícios para a saúde mental

*Por Allexya de Carvalho

Você tem notado que nos últimos anos, tem havido um aumento significativo na conscientização sobre saúde mental? Este fato pode ser relacionado à chuva de diagnósticos de déficit de atenção, ansiedade, TDHA, depressão, cansaço mental e outras doenças relacionadas com a saúde mental.

As pessoas estão cada vez mais preocupadas com seu bem-estar emocional, e é importante entender que além dos fatores genéticos e ambientais, a nutrição desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e manejo dessas condições. A maneira como nos alimentamos pode afetar profundamente nossas emoções, nosso humor e nossa saúde mental de maneira geral.

Os hábitos alimentares modernos estão frequentemente associados a um aumento nas taxas de transtornos de saúde mental. O consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas, alimentos altamente processados e baixos nutrientes essenciais, tem sido associado a problemas de saúde mental, incluindo depressão e ansiedade.

Alimentos que prejudicam a saúde mental

Esses alimentos podem levar a flutuações nos níveis de açúcar no sangue e inflamação, que podem afetar negativamente o cérebro e o humor. Os padrões alimentares inadequados podem resultar em deficiências nutricionais, impactando níveis de funcionamento cerebral e emocional.

Alguns alimentos são conhecidos por seu potencial em elevar o humor. Peixes, como salmão e sardinha, são ricos em ômega-3 e podem ajudar a reduzir os sintomas da depressão. Frutas e vegetais frescos fornecem vitaminas e minerais como complexo B, magnésio e antioxidantes que são benéficos para a saúde mental e regulação do humor.

Além disso, alimentos ricos em triptofano, como cacau, kiwi e bananas, podem promover a produção de serotonina, que está relacionada ao bom humor. Comer uma variedade de alimentos ricos em nutrientes pode ajudar a equilibrar hormônios relacionados ao bem-estar, como a serotonina e a dopamina.

A alimentação também desempenha um papel fundamental na forma como nosso corpo responde ao estresse. Dietas ricas em açúcar e alimentos processados podem contribuir para o aumento do estresse e da ansiedade. Por outro lado, uma dieta equilibrada, com alimentos integrais, pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e melhorar a resposta ao estresse.

Exercícios e sono

Uma alimentação saudável é apenas uma parte da equação. Um estilo de vida equilibrado, que inclui exercícios físicos regulares e sono adequado, é fundamental para melhorar a saúde mental e inclusive controlar  a produção hormonal do cortisol, que está relacionado ao estresse. O exercício, em particular, libera endorfinas, que são conhecidas como “hormônios da felicidade”. O sono de qualidade também desempenha um papel vital na regulação do humor e na consolidação das emoções.

Para melhorar o bem-estar emocional por meio da alimentação, é essencial planejar refeições equilibradas e fazer escolhas inteligentes de lanches. Incluir uma variedade de alimentos frescos e nutritivos em sua dieta é fundamental. Além disso, considere a redução do consumo de açúcar e alimentos processados.

A relação entre dieta e saúde mental é complexa, mas está se tornando cada vez mais clara. Alimentar-se de forma saudável não é apenas benéfico para o corpo, mas também para a mente. Comer alimentos que promovam um bom humor e adotar um estilo de vida saudável são passos importantes para melhorar o bem-estar emocional. Portanto, lembre-se de que sua dieta desempenha um papel fundamental em como você se sente, e fazer escolhas alimentares saudáveis pode ser uma estratégia eficaz para melhorar sua saúde mental.


Allexya de Carvalho é formada em nutrição clínica funcional, fitoterapia e mestranda em fisiopatologia clínica e laboratorial.