Economia
Expectativa

Pagamento da segunda parcela do 13º anima o comércio no Estado

Mais de R$ 8,5 bilhões devem ser injetados na economia fluminense, impulsionando vendas de dezembro e possibilitando recuperação parcial das perdas do setor.

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19 de novembro de 2025
Sara Oliveira
Pagamento da segunda parcela do 13º anima o comércio no Estado
Segunda parcela do 13° salário deve injetar mais de R$8,5 bilhões na economia do Estado. (Foto de Dragana_Gordic no Freepik)

O pagamento da segunda parcela do 13º salário deve movimentar mais de R$8,5 bilhões na economia do Estado do Rio de Janeiro, segundo estudo do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), com base em dados da RAIS e do Novo Caged.

A projeção aponta que parte expressiva desses recursos pode estimular as vendas no comércio e contribuir para a recuperação das perdas acumuladas ao longo do ano. A expectativa é que as vendas de dezembro, impulsionadas também pelo Natal, cresçam cerca de 5%.

Setor terá impacto direto com o pagamento do décimo terceiro

Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, avalia que a injeção financeira terá impacto direto no desempenho do setor. Ele destaca que os comerciantes vêm adotando ações estratégicas para atrair consumidores, incluindo promoções, liquidações e modalidades de pagamento diferenciadas com descontos e facilidades. Mesmo assim, datas comemorativas do segundo semestre, como o Dia dos Pais, registraram resultados abaixo do esperado.

O levantamento revela ainda que o volume de vendas do comércio no estado caiu 2,1% nos nove primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto o Brasil registrou crescimento de 1,5%. Para Aldo, o desempenho reduzido está relacionado à falta de condições favoráveis ao crescimento econômico local, diferente do cenário de setores como petróleo, gás e atividades turísticas.

Outro ponto de preocupação destacado pelo dirigente é o crescente endividamento das famílias, agravado pelos altos juros no país. De acordo com pesquisas, o índice de endividamento passou de 83,7% em outubro do ano passado para 88,7% no mesmo período deste ano. A situação afeta diretamente segmentos do varejo dependentes do crédito. Ainda assim, Aldo reforça que o momento deve ser aproveitado pelo setor: “Apesar da situação, o comércio precisa oferecer produtos atrativos enquanto o consumidor está com o décimo-terceiro no bolso”, conclui.


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