A rapidez e a falta de transporte público em rotas são os principais motivos que levam as pessoas a usar o transporte por aplicativo em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Essas conclusões fazem parte da pesquisa “Transporte por aplicativo em Campos dos Goytacazes, RJ: fatores determinantes para o uso”. O estudo foi desenvolvido no Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro.
A pesquisa é coordenada pelo professor Rafael Braga. Ele leciona aulas no Curso Técnico em Edificações e na graduação em Arquitetura e Urbanismo do campus. Segundo o docente, 172 moradores de Campos responderam ao questionário por meio do formulário eletrônico do Google.
A equipe coletou dados na região central de Campos. O envio do link do formulário ocorreu por meio de listas de e-mails fornecidas por instituições de ensino como o IFF, a Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Moradores de edifícios residenciais também foram convidados a responderem às perguntas da pesquisa.
As informações coletadas estão sendo estudadas, mas o coordenador adiantou os resultados já consolidados. A pesquisa tem término previsto para dezembro deste ano.
“As pessoas declaram, principalmente, que utilizam transporte por aplicativo por motivo de rapidez e de ausência de transporte na rota. Esses são os dois principais motivos”, afirma.
Segundo os resultados iniciais, 67,8% dos entrevistados afirmam que usam transporte por aplicativo porque é mais rápido. 50,3% alegam a falta de ônibus em rotas como motivo para contratar esse tipo de serviço. A maior disponibilidade de horário é a motivação de 40,4% das pessoas entrevistadas que decidem por esse meio de mobilidade urbana.
O coordenador explica que a amostra utilizada na pesquisa se baseia nos dados demográficos do Censo de 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O perfil que mais usa é de mulher jovem, branca e com pós-graduação. As proporções são muito parecidas para faixas de renda muito distintas. Não é a questão da renda que define se a pessoa utiliza ou não o transporte por aplicativo”, argumenta.
Essa afirmação se sustenta na apuração feita pela equipe, pois 63,3% dos entrevistados se identificaram com o gênero feminino, 28,7% se declararam pessoas entre 18 e 24 anos, 55,8% são brancos e 43,3% afirmaram ter concluído a pós-graduação.
Quando o recorte da análise é em cima dos dados da renda dos usuários, há um equilíbrio. Dos 172 entrevistados, 26,7% declararam ter renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil; 24,4% entre R$ 5 mil e R$ 10 mil; e 25% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.
“As pessoas que utilizam o transporte por aplicativo fazem há dois anos ou mais (77,7%). É um meio consolidado. Um dos objetivos da pesquisa é perceber se o transporte por aplicativo complementa o transporte público ou se ele concorre com o transporte público”, argumenta.
O professor afirmou que a ideia é publicar um artigo após a finalização da pesquisa em dezembro. Além de divulgar os resultados nos meios de comunicação da cidade e enviá-los ao Instituto Municipal Trânsito e Transporte (IMTT). O projeto é financiado pelo Programa Mais Ciência da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Campos.
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