Petrobras pretende investir mais de US$ 40 bi em campos de petróleo no estado do Rio

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que projeta investir, até o ano de 2026, US$ 57 bilhões em campos de petróleo no país, sendo 84% destes investimentos no estado do Rio de Janeiro. A estatal apresentou projeção durante encontro de vídeo conferência que teve o objetivo de discutir a concessão de incentivos ao desenvolvimento do setor naval fluminense.

A reunião contou com a participação da Comissão Especial da Indústria Naval e Offshore da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj); da Comissão Estadual de Desenvolvimento da Economia do Mar (Cedemar), órgão do Governo do Estado do Rio de Janeiro; e de entidades sindicais e empresariais.

Em sua participação, o gerente-geral de Representação e Negociação Externa da Petrobras, Cristiano Gadelha, trouxe projeções feitas pela empresa. Essas constatações dão conta de que, em 2026, o Campo de Búzios, na Bacia de Santos, no litoral do estado, será responsável por um terço da produção nacional.

Além disso, Gadelha destacou que, de 2016 a 2021, mais de R$ 1 trilhão foram arrecadados via recolhimento de tributos e participações governamentais. Somente em 2021, foram R$ 203 bilhões arrecadados, dos quais R$ 93 bilhões foram destinados aos estados.

“Nossa proposta de abordagem (sobre a concessão de incentivos fiscais) segue o roteiro estabelecido no mundo inteiro, com desoneração na fase de investimentos e tributação mais robusta após as descobertas comerciais”, afirmou.

Sérgio Bacci, vice-presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), cobrou a ampliação de investimentos no estado para a geração de emprego e renda. “A Petrobras deveria rever seu plano de negócios, e parar de produzir na China, para produzir no Brasil”, cobrou.

Petrobras mais competitiva

Caroline Vollu, gerente setorial de Articulação Regional da Petrobras, falou sobre a necessidade de políticas públicas que tornem as empresas brasileiras mais competitivas. “Precisamos de licitações abertas em que haja competitividade. E isso só é possível com políticas públicas. É interesse da companhia o que é melhor para a sociedade e para o país”, afirmou.

A deputada Celia Jordão (Patriota), presidente da Comissão especial da Alerj, destacou que é importante manutenção do diálogo entre os Poderes Legislativo e Executivo na elaboração das políticas públicas de incentivo ao setor. “Temos o desafio de buscar possíveis soluções a serem implementadas pelo Executivo estadual. Não podemos desanimar. Muita coisa nos impede de evoluir, mas com boa vontade e trabalho venceremos as dificuldades”, pontuou.

Magda Chambriard, integrante da Assessoria Fiscal da Alerj e ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), falou sobre os prejuízos causados pelos incentivos fiscais concedidos a estrangeiros. “Quando compramos um bem estrangeiro desonerado, há um claro ônus, pois se contribui para a falta de competitividade da indústria nacional”, destacou.

Posts Recentes

Alerj pode acabar com desconto sindical na folha do servidor

O deputado Rodrigo Amorim (União) quer o fim do desconto da contribuição sindical na folha…

4 horas atrás

Prêmio da ONU-Habitat reconhece Itaguaí por gestão ambiental

O município de Itaguaí, na Baixada Fluminense, foi uma das dez cidades do Estado do…

5 horas atrás

Congresso de Direito Privado debate avanços no Código Civil

O 1º Congresso de Direito Privado da Baixada Fluminense acontecerá no próximo sábado (23), no…

5 horas atrás

Casa da Cultura da Baixada recebe visita de Ministra do Chile

Na última segunda-feira (18), a Casa da Cultura da Baixada Fluminense, em São João de…

6 horas atrás

Hospital Souza Aguiar recebe equipe do G20 Social Brasil

No primeiro dia das reuniões de cúpula do G20 no Rio de Janeiro, realizadas no…

7 horas atrás

Cirurgias gratuitas com uso de robô são realizadas em Volta Redonda

Na segunda-feira (18), a cidade de Volta Redonda, no Sul Fluminense, entrou para o seleto…

7 horas atrás