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Polo Gaslub terá acompanhamento da Alerj

A Frente Parlamentar de Acompanhamento do Polo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi instalada

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27 de outubro de 2023
Vinicius
Polo Gaslub terá acompanhamento da Alerj
Foto: Alerj

O Polo Gaslub terá seus trabalhos acompanhados de perto por deputados estaduais. Isto porque a Frente Parlamentar de Acompanhamento do Polo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Janeiro (Alerj) foi instalada.

A reunião aconteceu no plenário, e o tema central do debate girou em torno dos desafios relacionados à retomada das atividades dos estaleiros nacionais, geração de emprego e renda, e arrecadação de recursos por meio do Polo GasLub, em Itaboraí, no Leste Fluminense.

De acordo com a coordenadora da frente parlamentar, deputada Verônica Lima (PT), o trabalho do colegiado também envolverá ações como a recuperação de obras paradas e a internalização da construção de módulos de encomendas da Petrobras já existentes. Além do resgate da Política de Conteúdo Local, com uma previsão contratual de no mínimo 40%.

“O governo federal anunciou a retomada dos investimentos nas indústrias de petróleo, gás e naval e o Estado do Rio tem forte vocação nessa área – aqui, serão aportados no setor mais de R$ 333 bilhões. Por isso, temos que lutar para que os investimentos signifiquem desenvolvimento e geração de emprego e renda”, disse ela.

Polo GasLub: estudo do Dieese mostra importância do setor petroleiro

O Polo GasLub é considerado um exemplo de como a implementação de recursos no setor petroleiro pode ser importante para a economia do estado, segundo explicou a deputada do PT. O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Carlos Takashi, comentou que o ainda estado concentra a maior parte das indústrias de petróleo, gás e naval do país.

“Mas nos últimos tempos ocorreu uma regressão drástica em relação aos empregos formais na indústria naval no Estado. Em 2014, 35,9 mil postos foram ofertados. Já em 2023, este número caiu para 13,8 mil”, pontuou.

Segundo o especialista, outro fator afetado pela crise na indústria naval nos últimos anos foi a remuneração. Em geral, o setor pagava 30% a mais do que as outras áreas. Essa diferença, hoje, não existe mais. “Um grande desafio diz respeito às condições de trabalho e de remuneração dos profissionais”, concluiu.

Para o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Deyvid Bacelar, o tema da soberania energética brasileira deve ganhar a defesa não somente das categorias envolvidas, mas também deve ser defendido por toda a sociedade e pelos atores políticos. “De acordo com o Dieese, nós tivemos 1,5 milhões de postos de trabalho gerados fora do país nos governos anteriores, onde todos os estaleiros do Brasil poderiam estar sendo utilizados”, explicou.

Resgate de empregos

A vice-coordenadora do colegiado, deputada Zeidan (PT), ressaltou a importância de resgatar o emprego dos trabalhadores que precisaram recorrer ao trabalho informal após a crise no setor. “A nossa missão com essa frente é garantir, através das empresas de petróleo e gás, o sonho de todo o brasileiro de ter um emprego”, acrescentou.

Vão compor também a frente parlamentar os deputados Guilherme Delaroli (PL), Andrezinho Ceciliano (PT) e Célia Jordão (PL).

A reunião contou com a presença do subsecretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto; e foi acompanhada por representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).


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