Em parceria com o Senac, a Prefeitura do Rio inicia mais uma edição do curso Mulheres.Tech. O prefeito Eduardo Paes e a secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, participaram, na última quinta-feira (18), da aula inaugural.
No projeto, 194 alunas vão aprender sobre assuntos relacionados à tecnologia, como autocad, design gráfico, programação em phyton e em php. O curso tem duração de dois a seis meses e todas as mulheres vão receber auxílio passagem para que continuem o aprendizado.
“Essa é mais uma das iniciativas para transformar a vida das pessoas. É um mercado que está aberto, com muita vaga de emprego e que está dominado por homens. Esse é um ensino técnico de três, seis meses de curso em que as mulheres, com um mínimo de esforço, podem se empregar com qualidade e receber um bom salário. É um mercado que não tem motivo de só os homens estarem dominando. É para ter igualdade de condições para todo mundo”, afirmou Eduardo Paes, durante o evento no auditório do Senac, no Riachuelo, Zona Norte da Capital.
Mulheres.Tech formou mais de 300 alunas
O projeto Mulheres.Tech formou 317 alunas no ano passado e faz parte do Programa Mulheres do Rio, que tem o objetivo de capacitar mulheres que desejam se inserir ou se aperfeiçoar em áreas da tecnologia para a promoção do trabalho e renda na cidade do Rio de Janeiro. O curso será presencial nas unidades do Senac RJ em Botafogo, Riachuelo, Centro e Copacabana.
“Vamos formar mulheres para o mercado da tecnologia. Isso é fundamental, porque quando inserimos mais mulheres, principalmente mães, nesse tipo de mercado de trabalho, que gera uma renda muito boa, sabemos que também vamos transformar a vida das crianças, das próximas gerações. Hoje elas vão começar a se capacitar em diversas áreas da tecnologia para todas estarem inseridas nesse mercado que tem muita vaga de emprego, o que falta é mão de obra”, disse Joyce Trindade.
Nascida e criada em Campo Grande, na Zona Oeste, Rafaela Manfretti, de 36 anos, conheceu o curso pelas redes sociais. Ela se inscreveu na primeira edição, no ano passado, depois de deixar o emprego em um banco ao ser diagnosticada com síndrome de burnout, doença relacionada ao excesso de trabalho, com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.
“Foi maravilhoso fazer esse curso porque ele me abriu muito a cabeça e portas, conhecendo um mundo totalmente novo. Passei por um momento muito difícil quando descobri a doença, fiquei um período tratando e, quando vi esse curso, eu imaginei que era a porta de entrada para eu mudar de carreira. Foi uma novidade que me abasteceu e me deu força para seguir em frente”, contou Rafaela.
Com o aprendizado no Mulheres.Tech, ela participou de um hackathon, evento que reúne profissionais ligados ao desenvolvimento de softwares numa maratona de programação. E acabou premiada.
“Foi de uma empresa americana da área de cripto, blockchain. Recebi um prêmio em dólar ao desenvolver um site com impacto social e que é voltado para mulheres em vulnerabilidade social” disse Rafaela, que atualmente dá aulas online e está estudando para buscar uma vaga em um mestrado de ciência da computação.