Norte Fluminense

Produção de petróleo se estabiliza na Bacia de Campos

Com a entrada de novos operadores de óleo e gás a partir de 2020, a Bacia de Campos iniciou um processo de reversão do declínio natural da produção. Nos últimos cinco anos, a extração de petróleo no Norte Fluminense se estabilizou em uma média de 570 mil barris por dia. O número representa mais de 30% da produção combinada dos demais estados produtores do país, que somaram 434 mil barris diários no primeiro trimestre de 2025. Esse resultado ainda não considera a produção fluminense proveniente da Bacia de Santos.

Os dados fazem parte do Anuário do Petróleo no Rio 2025, produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O documento, que celebra os 50 anos de atividades da Bacia de Campos, será apresentado durante o congresso Macaé Energy 2025, que começa nesta terça-feira (1º), na cidade de Macaé. O evento reunirá especialistas para debater o futuro do offshore e a integração energética.

Produção de petróleo na região acontece desde 1977

De acordo com Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, se o fator de recuperação atual de 17% se aproximar da média mundial de 30%, será possível adicionar cerca de 10,7 bilhões de barris às reservas — o equivalente a criar uma nova Bacia de Campos. Desde 1977, já foram produzidos 13,1 bilhões de barris na região.

O impacto social e econômico da exploração de petróleo no Norte Fluminense também é expressivo. Os municípios da região arrecadaram mais de R$ 30 bilhões em royalties entre 1999 e o primeiro trimestre de 2025. Em Participações Especiais, foram mais R$ 6 bilhões desde 2010.

A gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, Karine Fragoso, destaca que os investimentos potenciais e confirmados na região superam R$ 750 bilhões, abrangendo petróleo, gás, energia solar e eólica offshore, hidrogênio e plantas industriais. Entre 2020 e 2025, Macaé registrou saldo positivo de 32 mil empregos industriais.

Somente em descomissionamento de sistemas da Bacia de Campos, estão previstos R$44 bilhões em investimentos até 2029. O levantamento da Firjan também aponta 19 blocos exploratórios, cinco campos em desenvolvimento e 16 projetos de energia eólica offshore, além de fábricas de fertilizantes, uma biorefinaria de biometano e outras iniciativas voltadas à transição energética.

O Macaé Energy 2025 é promovido pela Firjan, Rede Petro-BC e Prefeitura de Macaé, com patrocínio master da Petrobras e do Governo Federal, além de empresas como PRIO e Equinor. O evento conta ainda com apoio institucional de entidades do setor como Abegás, ABESPetro, ABIMAQ, ANP e ONIP.


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