*Por Renato Reis
(renato.reis@jornalatual.com.br)
A dinamização da logística da Baixada Fluminense e de seu entorno, no que se refere ao transporte aéreo de passageiros, foi o pano de fundo de um encontro que reuniu representantes de diferentes segmentos na segunda-feira (10), no Mercury Hotels, em Nova Iguaçu.
Na ocasião foi discutida a continuidade do Movimento pela Reabertura do Aeroporto de Nova Iguaçu, campanha difundida pela Associação de Desenvolvimento Econômico e Social da Baixada Fluminense (ADESBF). Presidente da entidade, o advogado Sérgio Almeida foi um dos organizadores do encontro.
Ao longo dos discursos ficou claro o consenso entre os participantes sobre a importância e a necessidade de mobilizar deputados e senadores para que eles intercedam em Brasília na tentativa de sensibilizar a Infraero a assumir a responsabilidade pelas operações do campo de decolagens e pousos de Nova Iguaçu, bem como os de Itaperuna e Resende, os três aeroportos federais existentes no estado do Rio, como forma de impulsionar o desenvolvimento da Baixada Fluminense.
Assessor da presidência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Rio de Janeiro e ex-secretário estadual de Transportes, Delmo de Pinho foi um dos palestrantes. Ele defendeu que é urgente a necessidade de retomada das atividades do Aeroporto de Nova Iguaçu, de modo a fazê-lo cumprir o seu papel e de barrar seu uso para outros fins, como, por exemplo, o de abrigar um hospital modular, uma unidade de instituição universitária e até mesmo entulhos ali depositados pela Cedae.
Presente ao evento, o secretário de Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Inovação de Seropédica, Carlos Alberto Machado de Freitas reforçou o discurso favorável à reativação do Aeroporto de Nova Iguaçu, destacando sua importância para a região, devido a sua excelente condição logística, sua proximidade por corredores estratégicos e com o Porto de Itaguaí. Dessa forma, ele corroborou as palavras do secretário Delmo de Pinho, de que as ações devem ser aceleradas para que a retomada se dê o mais rapidamente possível, para evitar uma degradação ainda mais intensa daquele campo de pouso.
Por que o aeroporto de Nova Iguaçu é viável
- Sua pista original é de 1.200 metros, semelhante a do Santos Dumont.
- Está numa área em condições perfeitas para uso pela aviação civil.
- É capaz de absorver demanda reprimida do Aeroporto de Jacarepaguá.
- Está em posição estratégia em relação às bacias de Campos e Santos
- É capaz de gerar recursos próprios por meio do aluguel de hangares
- Está em área desapropriada especificamente para fins da aviação civil
- Está em plena consonância com o potencial logístico da região
- Está apto a receber aeronaves de médio porte, favorável ao turismo de negócios
- Há empresas privadas dispostas a investir na reativação de suas atividades
- A Baixada Fluminense abriga 60% da mão de obra das bacias de Campos e Santos
- Tem potencial para ser um celeiro de recursos humanos para a aviação civil
O que ameaça e denigre hoje o aeroporto de Nova Iguaçu
- E utilizado para finalidades contrárias às permitidas pela legislação
- É alvo de gananciosa especulação imobiliária por estar em terreno valorizado
- Já perdeu grande parte de sua pista, por conta de ocupações indevidas
- Abriga hoje um hospital que está ali em caráter precário, segundo a legislação
- Sua pista perdeu o registro o registro na Agência Nacional de Aviação Civil
*Esta matéria foi publicada neste portal com autorização do autor