Por Nelson Lopes
Martelo batido! Laura Carneiro e Reimont, do PSD e do PT, foram os únicos deputados do Rio escolhidos para presidir comissões temáticas da Câmara. Laura Carneiro, que era nome certo para a Comissão de Turismo, acabou ficando com a Comissão de Esportes. Em sua posse na cadeira, ela prometeu a valorização do esporte olímpico e das políticas educacionais ligadas ao tema.
Já Reimont presidirá a Comissão de Direitos Humanos da Casa, tida como prioridade para os petistas.
Aliado de Lula, ele será aliado das políticas impetradas pela ministra Macaé Evaristo. Os petistas também abocanharam as comissões de Cultura e Finanças e Tributação. O PL, que ficou com cinco colegiados, inclusive os de maior orçamento, não deixou nenhum para a bancada fluminense. Saúde, Agricultura, Relações Exteriores, Segurança, Turismo não serão comandados por deputados do Rio.
Bancada de Paes contra anistia
Vem do prefeito Eduardo Paes a resistência que pode rachar a bancada do PSD do Rio contra a anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Com Jair Bolsonaro querendo o apoio do PSD nacional para que vote a favor do projeto de lei, a bancada do Rio tende a ser preponderantemente contrária ao texto, por influência do alcaide. Parceiro do presidente Lula, Paes não deve ter traições, em relação à sua bancada no Congresso e o Rio, em sua maioria, deve ser contrário ao texto. Mas, a Executiva do partido calcula que também terá votos pela anistia no Rio, como o do deputado Hugo Leal.
A expectativa é que o PSD libere a sua bancada para que vote como preferir. A bancada de Paes reúne nomes como Marcelo Calero, Laura Carneiro e Pedro Paulo. Bolsonaro garante ter se encontrado com Kassab na última semana e acertado o apoio do partido à pauta. Internamente, porém, não houve orientação a respeito.
Bancada do Rio em defesa de Pereira
Os deputados Marcelo Crivella e Otoni de Paula saíram em defesa do também parlamentar Marcos Pereira, presidente do Republicanos e alvo de ataques do pastor Silas Malafaia por conta do PL da Anistia. Pereira foi chamado de cretino e acusado de ser uma vergonha para os evangélicos pelo religioso da Assembleia de Deus Vitória em Cristo após afirmar que espera que a votação do texto legislativo que pode beneficiar os participantes do atos golpistas de 8 de janeiro só deve acontecer em 2026, para não contaminar a próxima eleição.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Crivella diz há um equivoco nas falas de Malafaia, já que Pereira não se disse contrário ao texto do PL da Anistia. Já Otoni de Paula, que é do MDB, pontuou que não é da legenda de Pereira, mas considerou os ataques injustos e ressaltou que o presidente do Republicanos é respeitado por todos.
E o Eduardo, hein?
Depois de anunciar que abriria mão do mandato para ficar nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro agora é comparado a um ex-rival do Rio de Janeiro: Jean Wyllis, com o qual protagonizou embates, antes de o parlamentar do PSOL abrir mão do cargo e fincar moradia na Europa.
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