Congresso instalou a CPI do INSS
Por Nelson Lopes
A disputa pelas vagas na CPI do INSS mostram um quadro peculiar da formação do colegiado: o Rio, estado da família Bolsonaro e dono da maior bancada do PL, não deve ter um único representante na comissão. A CPI do INSS é apontada como a principal ferramenta de desgaste aos governistas, neste ano. O partido que, por sinal têm dois líderes do Rio, Carlos Portinho e Sóstenes Cavalcante, além do vice-presidente do Congresso, Altineu Côrtes, deve privilegiar parlamentares com maior alcance nas redes sociais.
A ideia é fazer cortes que possam viralizar na internet. O PL terá direito a seis vagas pela Câmara, mas uma das suplências será cedida ao Partido Novo. As cinco vagas que sobram não devem caber a deputados do Rio: os deputados Nikolas Ferreira, de Minas, Bia Kicis, de Brasília, Marco Feliciano, de São Paulo, e André Fernandes, do Ceará, avançam como favoritos. Os autores do requerimento da CPI, os deputados Coronel Fernanda, de Mato Grosso, e Coronel Chrisóstomo, do Amazonas, também devem ter vagas na partilha. Desta vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro não fez qualquer pedido específico para inclusão no colegiado, como ocorreu, por exemplo, na CPI do 8 de janeiro.
Eis a última semana, antes da hora da verdade para o deputado Glauber Braga. Acontece que a partir do dia 1°, ou seja, já na terça-feira que vem, o presidente da Câmara, Hugo Motta, poderá pautar a famigerada sessão para a sua cassação. Membros do PSOL fazem seus últimos esforços para que Braga não perca seu mandato. Nos bastidores, diz-se que o ex-presidente da Casa, Arthur Lira, trabalha para fazê-lo “sangrar”. Até o último instante, vai pairar a incerteza quanto à manutenção do seu mandato. Motta, como já dito aqui, não, garante a manutenção do parlamentar no cargo e pretende seguir com o rito protocolar para este tipo de caso.
Glauber é alvo de um processo de cassação por ter agredido um membro do MBL, nas dependências da Câmara, no ano passado. Adversário de Lira, que foi o mentor da campanha de Motta para a presidência da Casa, Glauber coleciona desavenças com membros da direita e do Centrão, o que faz a missão dele bastante difícil.
Lideranças do PSOL de Brasília estão dispostas a se reunir com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e debater os limites da própria atuação ao lançar uma campanha para o governo do Rio. A avaliação é de que uma candidatura afirmativa do partido pode acabar não ajudando a campanha de Rodrigo Bacellar, apoiado por Jair Bolsonaro, ao Palácio Guanabara. Paes, ao que tudo indica, será candidato com o apoio do presidente Lula – e o PSOL ocupa postos na Esplanada dos Ministérios, compondo a base. Uma espécie de “pacto de não agressão” deve ser firmado, além da concentração de forças contra Bacellar.
A vereadora Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, deve ser a candidata do PSOL ao governo do Rio nas eleições de 2026. Atualmente, Benício cumpre seu segundo mandato na Câmara Municipal, após ser reeleita em outubro de 2024 com mais de 25 mil votos. O partido tem, no nome dela, consenso para representar a legenda no embate contra o atual prefeito da capital, Eduardo Paes, e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que deve se candidatar com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Outro nome cogitado no PSOL, com menos força, é o do economista Willian Siri.
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