Capital

Rodrigo Amorim: “O Rio vai quebrar com a irresponsabilidade do prefeito”

A gestão do prefeito Eduardo Paes na capital fluminense tem calos dolorosos e um de seus opositores, o deputado estadual Rodrigo Amorim, sabe disso. Em conversa por e-mail com equipe do Conexão Fluminense, o pré-candidato à prefeitura do Rio fez pesadas críticas ao atual prefeito e destacou os empréstimos – os quais chamou de irresponsáveis – e a falta de planejamento.

Confira a entrevista com o Deputado Estadual Rodrigo Amorim

Conexão Fluminense – A capital do Rio de Janeiro se vê refém de um sistema de mobilidade urbana com problemas crônicos que não conseguem ser resolvidos. Qual o caminho certo? 

Rodrigo Amorim: O caminho certo é o do planejamento, sempre, e isso não acontece na Prefeitura administrada pelo Eduardo Paes. O prefeito tem feito empréstimos irresponsáveis a pretexto de melhorar o BRT e nada é visto, a não ser inaugurações eleitoreiras. A promessa que ele fez em 2008, ainda na campanha do primeiro mandato, oito anos depois ele já estava reconhecendo que não ia conseguir cumprir, a de colocar ar-condicionado em todos os ônibus.  

Conexão Fluminense: A capital do Rio de Janeiro está apenas em 15º lugar em ranking estadual de segurança divulgado pelo My Side. A quais fatores você credita este cenário? 

Rodrigo Amorim: O atual governador tem feito esforços extraordinários para melhorar os índices e também para aumentar a sensação de segurança, algo muito importante para melhorar o ambiente de negócios – que, afinal de contas, é fundamental para gerar empregos e deter a espiral de violência. Só que cada vez mais a cidade precisa entender seus ciclos, e hoje vivemos um momento em que há de um lado o poderio bélico de narcotraficantes e de outro, nas ruas, o crime de menor potencial ofensivo, ou o assalto comum à mão armada.

Há diferentes formas de combate para os dois casos. Nas favelas, é importante termos as tropas que seguem a doutrina das operações especiais, portando armas longas, reprimindo o crescimento dessas quadrilhas. E nas ruas temos iniciativas já consolidadas como o Programa Segurança Presente e o Projeto Bairro Seguro, que têm se destacado pelo pronto atendimento e pela proximidade com os moradores.  

O prefeito tem feito empréstimos irresponsáveis a pretexto de melhorar o BRT e nada é visto, a não ser inaugurações eleitoreiras.

Rodrigo Amorim, Deputado Estadual


Conexão Fluminense: O cidadão carioca enfrenta há anos questões relacionadas às infrações de trânsito e aos trâmites para retirar veículos rebocados de depósitos. Como mudar essa situação?

Rodrigo Amorim: Acredito que com a criação do Estatuto das Blitzes, que vai normatizar e deixar claro para o cidadão-contribuinte o que ele precisa ter e quais são, exatamente, seus direitos, a tendência é todos os serviços dessa área melhorarem. O cidadão vai ser mais respeitado, teremos mais clareza e transparência nessas relações.

Conexão Fluminense: A desordem urbana do Rio de Janeiro é combatida há anos sem resultados efetivos. É preciso mudança de estratégia? 

Rodrigo Amorim: Em 2020 lancei o livro Restaurando a Ordem (produção independente), em que lanço uma série de propostas para melhorar as ruas da cidade, que hoje, graças à atuação pavorosa da pior secretaria de Ordem Pública da cidade, está tomada por camelôs, pedintes, lixo e irregularidades. No livro, reproduzi uma proposta antiga minha, desde as eleições de 2016, de armar a Guarda Municipal. Ou melhor, de transformar a Guarda numa Polícia Municipal. É viável técnica, econômica e juridicamente! E claro, é importante colocar todos os agentes públicos em situação regular, perfeitamente identificados, como determina a lei, não permitir que a SEOP atue com indivíduos de colete, sem crachás, sem identificação e, pior de tudo, sem missão definida e planejamento. 

Conexão Fluminense: Pode falar um pouco sobre a votação do PDL 237/2023 sobre contratação de R$ 702 bilhões pela Prefeitura junto ao BNDES? 

Rodrigo Amorim: Essa é uma questão na qual o meu irmão, vereador Rogério Amorim, está atuando diuturnamente, ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, são os dois principais opositores ao prefeito atual. O Executivo argumenta que os recursos vão para obras em Campo Grande, duplicações, implantações e mudanças para ajustar o percurso do BRT. Mas já é o quarto empréstimo! E cadê o dinheiro da CEDAE? Meu irmão tem atuado contra isso porque a nossa cidade está ficando endividada, o Rio vai quebrar com a irresponsabilidade do prefeito! 

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