O América, tradicional clube carioca fundado na Tijuca, na Zona Norte da capital, entrou em uma nova fase. O senador da República e ex-atacante Romário é agora o novo presidente do Alvirrubro tijucano. Americano de coração, assim como o pai, o ex-camisa 11 da seleção assumirá após vencer as eleições na quinta-feira (9) e já tem um assunto em sua pauta: conseguir junto à Confederação Brasileira de Furebol (CBF) o reconhecimento do título do Torneio dos Campões, de 1982, como sendo um título brasileiro.
Caso consiga, Romário colocará o ameriquinha – como é carinhosamente chamado pelos seus torcedores – no hall dos clubes do Rio que foram campeões brasileiros, ao lados dos quatro grandes: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. O Bangu chegou perto, ao ser vice-campeão em 1985, quando perdeu o título daquele ano para o Coritina.
Romário tem como argumento o fato da CBF ter reconhecido a conquista do Altético-MG, do mesmo Torneio dos Campeões, de 1937, como sendo um título brasileiro. Além disso, há cerca de uma década, a entidade esportiva decidiu reconhecer como sendo campeões brasileiros clubes que conquistaram torneios nacionais anteriores ao atual formato do Campeonato Brasileiro, que entrou em vigor em 1971.
É o caso, por exemplo, do Santos, de Pelé, várias vezes campeão da Taça Brasil, nos anos 1960 e de times que conquistaram o Torneio Roberto Gomes Pedrosa – caso do Fluminense, campeão de 1970, que teve esse título reconhecido.
O novo presidente do clube tijucano já teria inclusive entrado em contato com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para negociar o reconhecimento do título americano. De acordo com informações do site Uol, o ex-craque teria tido do dirigente o retorno de que o assunto já estava sendo tratado por equipes técnicas da CBF dedicadas a estudar o tema.
No torneio de 1982, o América-RJ levou o título a vencer a Guarani, com gol de Gilson Gênio, nos acréscimos, após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar. O primeiro jogo, em Campinas, havia terminado também em 1 a 1, e a partida final foi no Maracanã.
O formato da competição, organizada pela CBF, contou com 17 clubes campeões de algum título nacional e mais um convidado – que no caso foi o próprio clube da Tijuca – formando então 18 times. Depois, o Flamengo – campeão brasileiro de 1982, no formato tradicional – desistiu de disputar a competição, sendo substituído pelo Santa Cruz-PE.
Atualmente, o América-RJ está longe de seus dias de glória. Atualmente, o clube disputa a Série A2 do Campeonato Carioca, o que equivale à segunda divisão e não está sequer na Série D do Campeonato Brasileiro.
O novo presidente quer tentar mudar o cenário do clube. Ele foi candidato único e em seu discurso pediu a união de todas as correntes do clube para voltar a se destacar no futebol. “Vamos voltar à Primeira Divisão do Rio e às competições nacionais. Mas não posso trabalhar sozinho e conto com o apoio de todos vocês. Estou aqui sentindo a presença de meu pai (Edevair, que faleceu em 2008, e conhecido como torcedor apaixonado pelo America-RJ). Ele está feliz e me manda boas energias para esse novo desafio”, disse Romário, ao site oficial do clube.
A eleição ocorreu no auditório lotado, do Club Municipal, que fica a dois quarteirões do terreno onde funcionava a sede do América-RJ – o local foi vendido está em obras para a construção de um shopping que abrigará também a nova sede social do clube.
Em assembleia, o Conselho Deliberativo, na segunda noite de reuniões, escolheu o ex-jogador Romário como novo presidente do America Football Club, para o triênio 2024, 2025 e 2026. No total, 56 conselheiros ficaram aptos a votar, sendo 54 votos para o senador e dois nulos. Com isso, o tetracampeão mundial será o novo mandatário do clube, com posse marcada para o dia 6 de Janeiro de 2024.
Em ato simbólico, o atual presidente, Sidney Santana, chamou Romário à mesa do conselho para parabenizá-lo e desejar uma boa administração. Muito emocionado, o tetracampeão mundial chegou a escrever um discurso, mas optou por improvisar.
O atual mandatário, afirmou que os pontos positivos de sua gestão foram as categorias de base, que apresentaram resultados importantes, com atletas atuando em clubes de expressão pelo país afora, além da aprovação da construção da nova sede social, projeto iniciando pelo seu antecessor, Léo Almada.
“Estamos muito satisfeitos com isso. Acredito que ele seja o melhor nome para o América, no momento. Mesmo com todas as dificuldades, na manutenção do clube das tradições do clube, nós conseguimos ter um trabalho de base bom. Hoje, temos em torno de 12 garotos em clubes de vitrine, Brasil afora. Nós temos o projeto aprovado para o início da construção da nova sede social, no endereço histórico da Rua Campos Salles, 118, acoplado ao um Shopping center”, disse ele.
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