O segundo dia do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro trouxe inovações e apresentações de primeira, dignas das agremiações do grupo de elite do samba carioca. Entre as escolas que mais agitaram o público foram Mocidade, Viradouro e Portela.
Nesta terça-feira (13) pela manhã encerraram-se os desfiles do Grupo Especial e agora todas as atenções voltam-se para a apuração da nota dos jurados, na quarta-feira (14), que definirá a grande campeã de 2024 e quais agremiações que participam do desfile das campeãs, no próximo sábado (17).
Inovações no Grupo Especial
Diversas inovações foram observadas nos dois desfiles do grupo especial, neste segundo dia de desfiles. Entre elas, a Portela levou um dos casais de mestre-sala e porta-bandeira com roupas em luzes de led, tendo uma iluminação própria. Já a Mocidade, colocou um dos componentes da comissão de frente na arquibancada, em meio ao público. Confira abaixo como foi o segundo dia de desfiles:
Mocidade
A escola de Padre Miguel trouxe uma homenagem ao caju, em uma referência à brasilidade, destronando a banana – tida por muitos como um fruto nacional, embora seja originária da Ásia. Então a escola fez um louvor ao estilo brasileiro e colocou o caju como principal fruto brasileiro. E ainda levou uma componente da comissão de frente, fantasiada de Carmen Miranda, mas trazendo um cacho de cajus na cabeça em vez das tradicionais frutas, surpreendendo a todos. O samba que foi um dos mais cantados no pré-carnaval, embalou bem o público.
Portela
Com um desfile deslumbrante como sempre, a Portela teve como ponto forte do desfile a apresentação de um dos casais de mestre-sala e porta-bandeira que vieram com suas fantasias com pequenas luzes de led, criando um efeito todo especial na avenida. A escola levou para sua apresentação sobre africanidade e ancestralidade, no enredo “Um defeito de cor”.
Vila Isabel
A Vila Isabel trouxe uma reedição do carnaval de 1993, com o enredo “Gbala – Viagem ao Templo da Criação”, mas com uma nova roupagem trazida pelo carnavalesco Paulo Barros. Além disso, a agremiação fez uma homenagem ao seu compositor Martinho da Vila, que estava completando justamente neste dia, 86 anos, com direito a bolo de aniversário e parabéns. Porém, embora tenha agradado bastante, a escola teve alguns problemas de acabamento em algumas alegorias.
Mangueira
Quarta escola a desfilar, a Estação Primeira homenageou a cantora Alcione, contando sua vida desde o começo de sua carreira, passando por referências do Maranhão – a terra natal dela. A agremiação trouxe diversas referências da vida da Marrom, tendo ainda uma alegoria com seus quatro irmãos. A homenageada veio na última alegoria da escola.
Tuiuti
A Acadêmicos do Tuiuti, a escola homenageou uma figura história do Brasil, porém pouco lembrada: o marinheiro João Cândido, que liderou a Revolta da Chibata, em 1910, época em que a Marinha nacional castigava os comandados com chicotadas – ou chibatadas. Em uma das alas, vários componentes da escola, vestidos de João Cândido, em um dado momento, tiraram as camisas e expuseram as marcas das chicotadas nas costas, sendo um dos pontos fortes do desfile.
Viradouro
Última escola já quase raiando no Sambódromo, a Viradouro trouxe enredo com referências culturais à ancestralidade matriarcal na África, presente no atual Benim. A ideia é ter uma defesa da liberdade na escolha das religiões. Muito vibrante e com um desfile considerado impecável, a escola de Niterói se colocou entre as favoritas para a apuração de quarta-feira.
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