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Centenário Hotel Regina é exemplo da boa gestão e cuidado com o patrimônio histórico

Encontrar um quarto de hotel na cidade do Rio de Janeiro não costuma ser um problema. Mas praticamente nenhuma dessas opções coloca o hóspede em um túnel do tempo como o Hotel Regina, no Flamengo, na Zona Sul da capital fluminense.

Longe dos arranha-céus de frente para a praia na Zona Sul e na Barra da Tijuca, o Hotel Regina ostenta com orgulho seus cem anos completados em 3 de setembro. São dez décadas em atividade no mesmo endereço, sem interrupção ou alteração nas características de sua operação. O hotel é, inclusive, mais antigo que o tradicional Copacabana Palace.

Inaugurado em um Rio de Janeiro capital federal, o Hotel Regina abrigou políticos importantes por conta de sua proximidade do Palácio do Catete, então sede do governo federal. Seus bailes de Carnaval, famosos décadas atrás, também davam o que falar.

Hotel Regina testemunha do tempo

De lá para cá o Rio de Janeiro deixou de ser capital e o entorno do hotel se transformou com o nascimento do Parque do Flamengo e a construção da estação de Metrô do Catete. Enquanto isso o Hotel Regina ultrapassou décadas e décadas mantendo sua clássica fachada em tons de rosa claro, com estrutura típica da época ainda preservada.

“O encontro entre a tradição e a modernidade é a tradução perfeita do que os nossos visitantes vão encontrar. Um ambiente familiar, acolhedor e ainda assim alinhado às exigências e melhores serviços aos nossos hóspedes que visitam a cidade a lazer ou a trabalho. A nossa localização é um convite a desfrutar o Rio”, orgulha-se Magali Villar, sócia-diretora.

Magali Villar e José Manuel Caamaño, sócios do Hotel Regina: orgulho da trajetória centenária. Crédito: Alexander Landau / Divulgação

Para se manter em um disputado ramo como o da hotelaria carioca é preciso, no entanto, se mexer. Enquanto internamente os ambientes eram modernizados para acompanhas tendências e materiais de decoração de cada época, uma última grande reforma foi feita em 2005.

O local teve o pé-direito rebaixado de 4,80m para 3,60m, o que viabilizou a construção de uma garagem de dois andares, oferecendo mais conveniência aos hóspedes. O restaurante, que era no sexto andar, passou a funcionar no térreo. E a estrutura ganhou novos quartos para somar a quantidade atual de 117 unidades.

O empreendimento passou a oferecer ainda um SPA com três banheiras de hidromassagem, duchas, uma sauna e bicicletas ergométricas, além de uma cobertura com ampla varanda com mesas, cadeiras e plantas, onde é possível ler, trabalhar ou descansar, aproveitando a brisa que vem da Praia do Flamengo.

O hotel é uma grande opção para quem precisa se deslocar rapidamente para o Centro do Rio e o aeroporto Santos Dumont. Sem contar com o fácil acesso ao metrô e pontos de ônibus, necessários para o transporte para pontos turísticos da cidade.

Do lado de fora, a fachada preservada. Do lado de dentro, espaços modernizados com o passar do tempo. Crédito: Alexander Landau / Divulgação

Todos os espaços coletivos – salões para eventos corporativos, restaurante e salas – levam nomes de artistas espanhóis em homenagem à origem familiar dos sócios José Manuel Caamaño e Magali Villar. Da Espanha é também o funcionário mais antigo, o gerente Antonio Estevez, que veio da Galícia para o Rio de Janeiro em busca de oportunidades na década de 1960 e integra a equipe do Hotel Regina desde 1980. A ele somam-se outros 30 profissionais que cuidam diariamente de todos os detalhes necessários para propiciar ao visitante conforto e o melhor atendimento durante a hospedagem.

“Completar 100 anos de história é, definitivamente, um motivo a ser comemorado. Ser contemporâneo a ícones como os Hotéis Glória e Copacabana Palace, e ter resistido e prosperado a tantos desafios enfrentados pela hotelaria carioca ao longo das décadas, é motivo de muito orgulho. Muito suor e investimento foram empenhados para chegarmos até aqui”, comemora o sócio José Manuel Caamaño.

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