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Rio tem maior programa de residência em medicina da família e comunidade do país

Atualmente, o programa está em 24 unidades de Atenção Primária do município, e as inscrições para a nova turma estão abertas até domingo.

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03 de março de 2023
Vinicius
<strong>Rio tem maior programa de residência em medicina da família e comunidade do país</strong>
Um a cada sete médicos de família e comunidade do país se forma na cidade do Rio de Janeiro.

Um a cada sete médicos de família e comunidade do país se forma na cidade do Rio de Janeiro. Essa é a marca do maior Programa de Residência em Medicina da Família e Comunidade do Brasil, que comemorou no dia 1º de março, a formatura da sua décima turma, atingindo a marca de 775 médicos formados. 

Desde o início, em 2012, o programa tem sido expandido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seja em número de unidades em que está inserido, seja em territórios, agregando cada vez mais as regiões remotas da cidade.  Atualmente, o programa está em 24 unidades de Atenção Primária do município, e as inscrições para a nova turma estão abertas até domingo. Confira aqui como se inscrever.

“A formação em Medicina de Família e Comunidade é ampla. O especialista é treinado em uma carteira de serviços extensa, que o capacita para cuidar desde a criança ao idoso. A Secretaria Municipal do Rio tem uma preocupação muito grande de formar médicos qualificados para a rede SUS, para que possamos atender nossos pacientes com qualidade e dentro do que é preconizado pela Estratégia de Saúde da Família “, diz o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.

O subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde do Rio, Renato Cony, ressalta que a expansão da Atenção Primária exige estratégias de formação de recursos humanos de alta qualidade para atuação na rede assistencial:

“Nesse sentido, o município foi vanguardista e arrojado para criar o maior programa nacional de residência em medicina de família e comunidade, e segundo maior do mundo. Ao longo desses 10 anos formamos muitos médicos para o Rio e para o SUS.”

Em um ambiente desafiador e inovador, o programa tem como objetivo promover mais que formação, criando identidade entre médico e território, e proporcionando a fixação do profissional na rede. 

Programa de Medicina da Família e Comunidade realizou mais de 600 mil atendimentos no Rio no ano passado 

Em 2022, 86,2% dos profissionais formados permaneceram atuando em unidades de saúde do município. No mesmo período, o programa realizou mais de 600 mil atendimentos e 2,6 mil pequenos procedimentos, diminuindo a pressão para agendamentos de consultas especializadas e reduzindo o tempo de espera para a execução dessas intervenções.

“Somos hoje o maior formador de médicos de família e comunidade do país. Mas, além da formação, nós nos preocupamos com a fixação desses profissionais na rede após a conclusão da residência. O nosso programa faz com que a assistência médica, que é um dos braços da garantia dos direitos à saúde dos cidadãos, se dissemine pela cidade”, diz o coordenador do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da SMS, Bernardo Alves.

O programa proporciona campos de estágio práticos para os cursos de medicina da cidade, possibilitando que os alunos passem pelas unidades e tenham contato com os profissionais.

No estágio, os preceptores mostram para os alunos a realidade da Atenção Primária em Saúde e do atendimento à população. Isso possibilita que o futuro médico entenda o papel desempenhado pela Atenção Primária, independente da especialidade que for escolher no futuro. 

E também ajuda a desenvolver um olhar para os problemas de saúde da população, diferente do que se adquire em hospitais universitários ou centros de referência para outras especialidades.

Além dos residentes do programa, mais de 6 mil estudantes de medicina acompanham anualmente o trabalho realizado nas unidades. Essa experiência tem como objetivo sensibilizar e cativar o aluno sobre suas escolhas de trajetória profissional na especialidade de Medicina de Família e Comunidade, ampliando a capacidade de captação de novos médicos residentes e formação de especialistas para rede.