*Por Marcos Luz
Futebol. O bom e velho esporte bretão. Paixão nacional que não se resume apenas em simples prática esportiva ou em entretenimento popular. É esporte que tem enorme importância cultural, política e social.
O futebol sempre exerceu seu papel de criar memórias, ritos e profundas manifestações de torcedores apaixonados que no passado eram encontrados na elite e com o passar do tempo transbordou em êxtase nas camadas mais populares.
Com a popularização do esporte os clubes ganham destaque, ao longo do tempo, por se tornarem epicentros da construção de relações sociais e organizacionais pautadas e influenciadas pela prática do futebol.
Dentro dos clubes de futebol nascem em jovens meninos e meninas e crianças alegres as sensações de pertencimento atreladas às comunidades esportivas. É aquela velha história do sonho de “querer ser jogador de futebol”.
É justamente o caráter social, atrelado ao esporte bretão até hoje, que faz com que seja necessário refletirmos sobre a responsabilidade social dos clubes de futebol.
O poder de influência do futebol beira o inexplicável. Além de transformar vidas e proporcionar inclusão, a história nos mostra diversas ocasiões em que o esporte foi utilizado como uma poderosa ferramenta para melhorar a sociedade.
Do combate ao racismo à resistência contra governos opressores e lutas pela democracia os fatos acontecem e se repetem como ciclos. É de se enaltecer que o futebol já foi até responsável por parar uma guerra.
Música, novelas, filmes, séries… O futebol já virou tema central de novela de sucesso no Brasil e recheia estrofes de composições que marcaram época no mundo.
Mas o jeito de consumir futebol mudou. Os estádios mudaram. Os canais de transmissão mudaram. A relação com os torcedores mudou.
O que ainda resta? Igual a antigamente? A paixão nacional pelo esporte e seu poder transformador de vidas.
Cabe aos clubes assumirem responsabilidade diante deste fato e se debruçarem sobre estudos e investimentos para assumir responsabilidades além de seus muros.
A frase não é só futebol mostra que a ação destes clubes não pode ser restrita ao caminho entre o Centro de Treinamento e o estádio. É preciso utilizar a amplificação da voz para potencializar ações que beneficiem a comunidade onde ele está inserido.
Que prevaleça a união entre os grandes personagens do mercado futebolístico brasileiro para que sejamos o país de um futebol revolucionário, sustentável financeira e socialmente.
Diante de tamanha importância social e cultural é necessário que os clubes comecem a assumir suas responsabilidades além de seus muros e auxiliem no combate das mazelas da sociedade.
*O empresário Marcos Luz é diretor do Conexão Fluminense
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