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Óleo e Gás

Atualização do Anuário de Petróleo da Firjan mostra que Rio se mantém em destaque no setor

Anuário de Petróleo mostra que as reservas provadas no RJ em 2021 chegaram a 10,9 bilhões de barris, volume 13% maior que o de 2020.

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20 de maio de 2022
Atualização do Anuário de Petróleo da Firjan mostra que Rio se mantém em destaque no setor
O Rio mantém posição de destaque no setor da produção de petróleo brasileiro. Crédito: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) anunciou a atualização dos dados dinâmicos do Anuário de Petróleo no Rio, lançado em 2020. Os novos números que consolidam o ano de 2021 mostram que as bacias em águas fluminenses mantêm posição de liderança nas reservas de petróleo no país. Desde 2011, em média, 81% das reservas totais estão localizadas no estado do Rio.

As reservas provadas de petróleo no estado em 2021 alcançaram volumes de 10,9 bilhões de barris. O montante é 13% acima do que o registrado no ano anterior. As descobertas e condições favoráveis nos preços do barril, viabilizando volumes adicionais, podem representar uma nova possibilidade de adição de reservas em 2022.

O Anuário de Petróleo mostra que somente nos quatro primeiros meses deste ano, todas as descobertas nacionais em mar ocorreram no Rio de Janeiro (blocos de Três Marias, Alto de Cabo Frio Central, C-M-791 e C-M-541), o que representa metade do total de indícios registrados no país durante o período. Vale lembrar o início da produção em Mero nas águas fluminenses da Bacia de Santos e a previsão de mais 10 plataformas em construção para entrada em operação até 2025.

“A Bacia de Santos expandiu sua produção em 6% ano passado, com destaque para o crescimento dos volumes produzidos no Campo de Búzios, em águas fluminenses. E, a expansão de produtores independentes aponta para a retomada da produção na Bacia de Campos. Se o Rio de Janeiro fosse um país, estaria em 11º lugar entre os maiores produtores de petróleo do mundo”, destaca a gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso. Ela apresentou, no início do mês, o potencial fluminense no mercado de petróleo e gás a investidores internacionais durante o evento Offshore Technology Conference (OTC 2022), maior feira offshore do mundo, em Houston, nos Estados Unidos.

Mais números do Anuário de Petróleo

O Anuário de Petróleo da Firjan mostra ainda que o parque de refino fluminense manteve taxa de 75% de utilização, 5 pontos percentuais maior que na média do país. Como o óleo produzido no país é de maior qualidade e não há expansão no parque de refino nacional, as exportações de óleo cru tiveram crescimento na ordem de 46% em 2021, adicionando impacto positivo em torno de R$ 7 bilhões na balança comercial.

Mesmo com a recuperação das vendas de combustíveis, apenas o GLP e óleo combustível fecharam 2021 em níveis acima do período pré-pandemia, apesar da tendência de recuperação em todos os derivados. A análise do Anuário de Petróleo destaca que os preços de todos os combustíveis sofreram aumento ao longo de 2021, mas o etanol hidratado teve maior aumento relativo, de 53%, frente aproximadamente 40% para os combustíveis fósseis.

Ainda de acordo com o Anuário de Petróleo, o potencial fluminense também se reforça em investimentos nas áreas de inovação e desenvolvimento. Em 2021, 65% do total de recursos da Cláusula de PDI, que precisam ser aprovados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foram direcionados para instituições no Rio de Janeiro. Por fim, com o aumento do preço do barril, produção e câmbio, a arrecadação de participação especial e royalties bateram recordes no ano passado e seguem a expectativa de aumento contínuo ao longo deste ano.

“Com a manutenção do preço elevado do barril de petróleo e do câmbio, as perspectivas são de crescimento contínuo da arrecadação de participações governamentais e de recursos referentes à Cláusula de PDI. Isso se confirma com o anúncio da ANP sobre a distribuição de participação especial no primeiro trimestre de 2022, que bateu novo recorde. Com isso, são esperados reflexos nas economias locais do estado e de municípios produtores” explicou Thiago Valejo, gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.