O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, visitou na última quinta-feira (4) os Hospitais Federais do Andaraí e Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro, para anunciar novas melhorias e a ampliação dos serviços especializados no Estado. As ações integram o Plano de Requalificação dos Hospitais Federais, dentro do programa Agora Tem Especialistas, que busca ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias, reduzindo o tempo de espera na rede federal. Ao todo, foram feitos investimentos de mais de R$910 milhões para a reestruturação das duas unidades.
O montante inclui R$610 milhões do teto MAC (Média e Alta Complexidade), além de R$200 milhões destinados ao Hospital do Andaraí e R$ 100 milhões ao Cardoso Fontes. Em 2024, o Andaraí recebeu um acelerador linear para radioterapia — equipamento inédito na unidade — que já contribui para acelerar o acesso da população aos serviços especializados do SUS.
Durante a visita, Padilha destacou a entrega de novas áreas e comemorou o avanço das reformas. “Uma alegria estar aqui inaugurando essa nova área de urgência e emergência do Andaraí, que já começa a funcionar a partir de hoje à noite, 24 horas por dia. E na próxima segunda-feira inauguramos a nova emergência pediátrica. Hoje também comemoramos um ano dessa reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro”, afirmou.
A data marca um ano da gestão compartilhada entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Nesse período, as unidades passaram por reestruturação completa, com funcionamento ininterrupto, equipes completas, mais leitos e serviços alinhados às necessidades da população.
O impacto é expressivo: quase 3 mil cirurgias foram realizadas em poucos meses, resultado que reforça o compromisso com uma gestão voltada ao paciente.
Mais investimentos para ampliação nos hospitais
Padilha também citou novos avanços na captação de recursos internacionais. Segundo ele, o Brasil busca financiamento junto ao Banco do BRICS para modernizar hospitais fluminenses, trazendo tecnologias de países como China e Índia. Os investimentos contemplarão ampliações nos Hospitais do Andaraí, Cardoso Fontes e Lagoa, além de novas UTIs no Hospital Federal de Bonsucesso e na UFRJ.
O Centro de Emergência Regional (CER) do Hospital do Andaraí passou a funcionar em suas instalações definitivas, no 1º andar do complexo. Com estrutura modernizada, conta com salas de classificação de risco, consultórios, salas de curativo, áreas de acolhimento e espaço para aplicação de medicamentos. Após quatro anos interditada, a emergência havia sido reaberta provisoriamente em fevereiro.
O Andaraí, referência em cardiologia, neurocirurgia e ortopedia, agora tem capacidade para atender até 167 mil pacientes por ano, o dobro do período anterior à reestruturação. O acelerador linear recebido no âmbito do Agora Tem Especialistas permitirá o atendimento de até 600 novos casos de câncer.
Outra entrega importante foi a reabertura do restaurante da unidade, fechado há 12 anos. Equipado com cozinha industrial, o espaço atende acompanhantes, profissionais de saúde e fornece refeições aos pacientes, com capacidade para 3,2 mil refeições diárias. Até o primeiro semestre de 2026, deverão ser reabertos serviços como o centro cirúrgico, setor de oncologia, centros de imagem e o novo setor de trauma.
Em Jacarepaguá, o ministro visitou o novo CER do Hospital Cardoso Fontes e participou da entrega do novo prédio administrativo, do centro de estudos e do sistema de climatização dos leitos. Desde fevereiro, o hospital retomou o atendimento 24 horas, com equipes completas, mais leitos e ampliação das especialidades.
Especializado em oncologia, cardiologia, endocrinologia e infectologia, o Cardoso Fontes aumentou seu quadro funcional em 57%, totalizando 2.241 profissionais. Entre janeiro e julho de 2025, a unidade realizou mais de 488 mil atendimentos ambulatoriais e 2.978 cirurgias, um crescimento de 87% em relação ao ano anterior.
As entregas reforçam o processo de modernização da rede federal no Rio, com foco em ampliar o acesso, qualificar o atendimento e reduzir o tempo de espera da população.
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