A Prefeitura de Niterói, no Leste Fluminense, oferece capacitação profissional para mais de 500 jovens de comunidades da cidade. A iniciativa, lançada na última quarta-feira (3), no Teatro Municipal, tem parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e contará com investimentos de R$ 25 milhões. Ao todo, jovens de 24 favelas do município poderão participar do programa.
Segundo a prefeitura, o programa de capacitação, que tem duração de 18 meses, oferece uma bolsa-auxílio de R$ 750 para cada participante. O objetivo, o município diz, é promover inclusão social de forma qualificada e desenvolver competências profissionais por meio de ensino técnico profissionalizante. Em contrapartida, os alunos atuam em ações municipais como reflorestamento, manutenção de recursos hídricos, prevenção à queimadas, de Defesa Civil e atividades visando à manutenção e à sinalização de trilhas da cidade.
O projeto de capacitação faz parte da segunda etapa do Pacto Contra a Violência. Nesta fase, os inscritos poderão escolher 13 cursos de formação: padeiro, confeiteiro, desenvolvedor de aplicativos, operador de suporte técnico em TI, assistente de marketing digital, eletricista e instalador residencial, agente de reflorestamento, agente de saneamento, mecânica de refrigeração doméstica, mecânico de motores ciclo otto, mecânico de motocicleta, auxiliar de operações logísticas e assistente administrativo.
Para o prefeito de Niterói, Axel Grael, o projeto oferece a possibilidade de um futuro melhor para jovens de comunidades. “Estamos muito animados e confiantes que nós estamos oferecendo aqui um leque de cursos ainda maior do que antes e abrindo oportunidades mais amplas em termos territoriais para esses jovens. Tenho certeza que a gente vai ter uma grande procura, um grande interesse de participação nesses cursos que foram pensados com muito empenho por toda nossa equipe juntamente com a Firjan”, detalhou o prefeito.
Resultados da primeira rodada da capacitação
Secretário municipal de Participação Social, Anderson Pipico lembrou que quase 30% dos participantes da primeira fase do programa já estão formalmente empregados e que 8 mil mudas de árvores foram plantadas pelos jovens nas comunidades participantes. A meta é aumentar ainda mais esses números.
“Além de qualificar e capacitar esses jovens, despertamos um senso de pertencimento, de território, que é muito importante. Na primeira fase atendemos 400 jovens e 11 comunidades e agora mais do que dobramos o número de comunidades atendidas. Além disso, pensamos em cursos mais contemporâneos, que conversem com o perfil dos jovens e das necessidades atuais do mercado”, contou.