Categorias: Economia

Alerj discute cenário que levou estado ao Regime de Recuperação Fiscal

O presidente da Comissão de Tributação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Luiz Paulo (PSD), realizou uma palestra sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), na segunda-feira (19). O parlamentar fez um histórico dos motivos que levaram o Estado do Rio de Janeiro a entrar no regime e a decretar estado de calamidade financeira. 

O parlamentar apresentou um panorama das razões que levaram o estado a ter que renegociar suas dívidas, citando a crise econômica do Brasil de 2014, a desvalorização dos commodities, a política econômica de 2015 e 2016, além dos aportes de dinheiro direcionados para a Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. 

A instabilidade política ocasionada pelo processo de impeachment da presidente Dilma e a Operação Lava Jato também foram contextualizadas pelo deputado nessa exposição. 

“De 2014 até 2017, houve uma instabilidade política e as finanças públicas do Estado do Rio estavam sangrando. O estado decretou calamidade pública financeira em 17 de junho de 2016. Paralelo a isso, teve a Operação Calicute, da Lava Jato, com o objetivo de investigar o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo. É nesse contexto político que explode a crise econômica e isso reflete imediatamente no serviço da dívida do Rio com a União”, explicou. 

O deputado também fez um paralelo do primeiro acordo do RRF com o atual. No relatório final da CPI da Dívida Pública na Alerj, presidida por Luiz Paulo, foram indicadas algumas recomendações para a redução da dívida, como a revisão dos índices de cálculo. 

Segundo o deputado, se o cálculo do valor do serviço da dívida fosse feito apenas pelo índice IPCA, a dívida do Estado do Rio passaria de R$ 134,7 bilhões para R$ 63,3 bilhões, gerando uma economia de R$ 71,3 bilhões. 

“É fundamental saber o real valor da dívida do Estado com a União. Daqui a nove anos, essa dívida do Estado com a União será impagável pela dimensão que ela terá. É urgente que esta questão passe por novas negociações. Não pode ficar como está. É um absurdo a União cobrar juros dos estados”, disse o parlamentar. 

CPI da Alerj revisa cálculo de dívida

O cálculo do valor da dívida com a incidência de juros foi feito pelo parlamentar depois de ofício enviado pela CPI da Alerj para a Secretaria de Fazenda (Sefaz), em que foi solicitado que a Sefaz simulasse outros índices de reajuste do serviço da dívida.

O documento revela que, de 1998 até 2013, a correção da dívida era feita pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) + 6%. De 2013 a 2022, a correção foi feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) + 4%. 

Neste ofício criado pela CPI da Alerj, Luiz Paulo questionou sobre a negociação da dívida no período compreendido de 1998 até a presente data, simulando o valor que o Rio de Janeiro teria que pagar à União.

Posts Recentes

Búzios lança Núcleo de Natação em Águas Abertas

A Secretaria de Lazer e do Esporte de Búzios, na Região dos Lagos, iniciou as…

24 minutos atrás

Planetário do Rio comemora 54 anos com programação diversa

Os 54 anos do Planetário da capital fluminense serão comemorados em grande estilo nos dias…

30 minutos atrás

Volta Redonda: teatro terá shows de Lenine e Adriana Calcanhoto

O Teatro Maestro Franklin de Carvalho Jr., em Volta Redonda no Sul Fluminense, receberá nos…

47 minutos atrás

Codin Incentiva promove serviços e negócios para Macaé

O Codin Incentiva acontecerá no próximo dia 28, em Macaé, no Norte Fluminense. Esta será…

2 horas atrás

Black Friday: Procon Campos monitora preços

No próximo dia 29 acontece a Black Friday. Devido a data, a Secretaria de Proteção…

2 horas atrás

Ciclista riostrense de 12 anos é destaque no Estado

A ciclista de Rio das Ostras, Alícia Gomes, de apenas 12 anos, alcançou no último…

2 horas atrás