O comércio lojista da capital fluminense deverá contratar cerca de 12 mil empregados temporários para trabalhar nas festas de fim de ano – dois mil mais do que no ano passado. É o que mostra a pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), que ouviu 300 empresas dos setores de confecções e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos.
“O resultado da pesquisa reflete a expectativa de vendas para o Natal – a grande data comemorativa para o comércio, que representa 30% do faturamento do ano e também porque precede a alta temporada do verão, que é a estação mais importante para a economia carioca, quando a cidade recebe um grande número de turistas do país e do exterior, que vem aqui curtir as festas do fim de ano, as praias e o Carnaval”, disse o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves.
“A combinação desses fatores motivaram essa estimativa de contratação de temporários, dois mil a mais do que no ano passado”, completa o dirigente. Além disso as contratações de temporários leva em conta o atual momento da economia brasileira que tem surpreendido favoravelmente na proporção em que um cenário melhor vai se confirmando.
“No começo do ano, por exemplo, as previsões eram de que o crescimento do PIB seria de 0,78%. Agora já se chegou em 2,89% nos nove primeiros meses. Essa taxa até o momento é igual ao desempenho do ano passado, que foi de 2,9%. Em consequência, isso constrói um ambiente de perspectivas de vendas maiores para o final do ano”, diz Aldo.
Ele destaca também que no ano passado, o comércio em geral cresceu 1,0%. No corrente ano espera-se entre 2% e 4% no total, vez que a confiança aumentou e as pessoas estão mais propensas a consumir.
“Nesse contexto, o desemprego vem diminuindo, os preços apresentam-se estáveis e, ainda que as famílias estejam endividadas, o Programa Desenrola tem permitido alívio sobre os orçamentos. Com as estimativas de vendas crescentes para o Dia das Crianças, e os cenários auspiciosos para o Black Friday e Natal, evidentemente que o comerciante vai necessitar de adequar o quadro de pessoal com o nível de demanda esperada”, concluiu Aldo Gonçalves.
A pesquisa revelou que, das 300 empresas do comércio consultadas, 55% pretendem contratar para esse período, 30% estão indecisos se vão ou não admitir, 10% não contratarão e 50% pensam em pagar horas extras se for necessário. Dos entrevistados 15% revelaram que já contrataram, 85% devem contratar entre outubro e novembro.
Do total de vagas, 45% representam o primeiro emprego; a faixa etária predominante é entre 18 a 35 anos; 65% dos contratados serão para ocupar as vagas de vendedores, 10% para operadores de caixa, 15% para estoquistas, 5% para supervisores e 5% para auxiliar de estoque, entregador e ajudante.
Sobre a contratação do empregado em definitivo 45% dos empresários consultados responderam que se as perspectivas de consumo se confirmarem a permanência do empregado em caráter definitivo pode acontecer naturalmente, 35 disseram que não e 20% preferem pagar hora extra.
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