Conexão Rio-BSB

Bolsonaro e Ramagem constrangidos

Por Nelson Lopes

Com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, pelo recebimento e recompra de joias do governo da Arábia Saudita, nesta quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno vivem um dilema: como atacar as instituições, mais especificamente a PF, se o escolhido pelo clã Bolsonaro para disputar a prefeitura do Rio é justamente… Um delegado da Polícia Federal? Por isso, os bolsonaristas devem recorrer ao discurso de perseguição política, sem focar nas polícias – que, aliás, compõem um eleitorado fiel do bolsonarismo, pela defesa da pauta armamentista. 

O bolsonarismo já havia parado de atacar o Supremo Tribunal Federal, por ordem do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Ele entrou, nesta semana, com mais um recurso, junto ao ministro Alexandre de Moraes para voltar a ter contato com Bolsonaro – desde fevereiro, eles estão proibidos de ter encontros por força da Justiça. É esperar para ver se o discurso de perseguição cola ou se terá impactos nas urnas…


Brasília, onde a política do Rio dança junta

Se no Rio eles duelam por votos, redutos eleitorais e trocam acusações, é em Brasília que a cordialidade entre os candidatos à prefeitura carioca aflora. Um exemplo disso aconteceu na última terça, em uma casa de festas do Lago Sul, onde o deputado Felipe Carreras fez uma celebração. A festança, embalada pelo show da dupla sertaneja Gian e Giovani, teve a presença de Alexandre Ramagem, do PL, de Marcelo Queiroz do PP, e de Pedro Paulo, do PSD, favorito para ser vice de Eduardo Paes. 

Entre abraços e risadas, os três adversários deixaram as divergências de lado e aproveitaram a noite. Único dos candidatos à prefeitura do Rio que bate ponto em Brasília e esteve ausente foi Tarcísio Motta, do PSOL. Ah, e a figura mais assediada da noite também era do Rio: o herói do Tetra, o senador Romário, atendeu a centenas de pedidos para fotos. Discreto, ele se manteve em uma mesa durante boa parte do evento e foi um dos primeiros a se retirar. Um correligionário brincou com o Baixinho, que é conhecido pelo apreço à noite: “Tá indo cedo, Baixo?! Você já foi melhor de festa”. O Rei da Grande área caiu na gargalhada antes de ir embora…


Racismo é crime, Zambelli!

Caiu como uma bomba, em Brasília, o comentário interpretado como racista da deputada federal Carla Zambelli sobre a deputada pelo Rio, Benedita da Silva, do PT. Decana do Congresso, Benedita é coordenadora-geral da bancada feminina da Câmara e foi escolhida para discursar na abertura da primeira reunião de mulheres parlamentares dos países que integram o G-20. O fato irritou a polêmica Zambelli, que chamou a colega de “Chica da Silva”.A direção nacional do PT, é claro, se manifestou sobre o ocorrido: “Nossa solidariedade e apoio à nossa grande referência e exemplo de luta Benedita da Silva, que foi chamada de Chica da Silva pela deputada bolsonarista Carla Zambelli. Benedita tem uma trajetória política exemplar, principalmente na luta do povo preto. Racistas não passarão”, disse o comunicado.

Horas depois, Zambelli negou racismo e disse ter “se confundido” com os nomes. Ela disse ter ligado para Benedita e pedido desculpas. É mais uma da série de polêmicas na carreira da parlamentar, que já ameaçou um homem com uma arma na mão e é alvo de investigação por suposta tentativa de fraude no sistema eleitoral. 


Bergher ou Neves? Eis a questão…

O candidato do PP à prefeitura do Rio, Marcelo Queiroz, terá um tucano como vice. No páreo, estão a vereadora Teresa Bergher e o ex-secretário Sávio Neves. Combativa, Teresa Bergher teria a preferência de Queiroz para a composição, já que é mais conhecida pelo eleitorado carioca e é respeitada por setores da direita e até mesmo da esquerda, que se acostumaram a vê-la se opondo aos prefeitos do Rio. Mas, quem tem mais força é Sávio Neves mesmo. Primo do principal manda-chuva do PSDB, o ex-presidenciável Aécio Neves, Sávio quer ser o vice. Atualmente, ele preside o Trem do Corcovado. 

O nome dele conta com a simpatia, inclusive, do presidente nacional do PP e fiador da candidatura de Marcelo Queiroz, o senador Ciro Nogueira.  A escolha por Sávio Neves também parece mais simples, já que Teresa Bergher precisaria abrir mão de concorrer pela sexta vez a uma cadeira na Câmara dos Vereadores – o que é tido como uma aposta mais segura para ela. A decisão deve ser tomada na próxima semana, em um encontro em Brasília, no qual estarão presentes os manda-chuvas dos dois partidos.


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