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Como frear Eduardo Paes? Eis a questão…

Por Nelson Lopes

A primeira pesquisa Datafolha sobre a eleição do Rio desde o início oficial da campanha traz números acachapantes: o prefeito Eduardo Paes (PSD) tem 56% das intenções de voto, mais que o dobro dos adversários somados. Alexandre Ramagem (PL) aparece em segundo com 9%, e Tarcísio Motta (PSOL) vem em terceiro com 7%. Ou seja: Paes venceria com um pé nas costas, ainda no primeiro turno, e tem crescido a cada semana.

Desesperados, os adversários traçam suas estratégias. Ramagem vai focar em “desconstruir” a imagem de Paes, questionando seu talento para administrar a cidade e o colocando como aliado de nomes já associados à corrupção. A ideia é se apresentar como alternativa válida a um grupo que se alterna no poder. Na outra raia, Tarcísio tentará algo parecido: seu marketing o colocará como alguém realmente alinhado com os valores de esquerda, enquanto Paes tem um histórico de idas e vindas com a direita. Estratégias similares, com a única estratégia possível: frear a popularidade de Eduardo Paes.


De traição em traição..

E nem mesmo com os seus antigos aliados, que têm potencial de atrair votos, Ramagem e Tarcísio podem contar. Na esquerda, Marcelo Freixo virou as costas para Tarcísio, que foi seu correligionário por anos, no PSOL, e declarou voto em Paes. Ele diz que a escolha “se deve à necessidade de combater o bolsonarismo”. Desculpa que não convenceu Tarcísio, que lamentou a “pulada de muro”.

Já na direita, é o senador Romário que declarou voto em Paes, contrariando Jair Bolsonaro e o PL, que apostam em Ramagem. Cargos na prefeitura estariam por trás da escolha do Baixinho, que deu de ombros para os pedidos de punição feitos pelos seus companheiros de partido. No Rio, ele vai de Eduardo Paes e em Niterói, ele estará com Rodrigo Neves, contra o bolsonarista Carlos Jordy.


Força-tarefa da direita

Mas, se Romário o vira as costas, Ramagem ganhará um “reforço” para bater de frente com Paes: a participação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em um ato público. O parlamentar mineiro ainda está definindo com Ramagem que tipo de evento será organizado, mas a vinda do deputado ao Rio de Janeiro já está confirmada.

O deputado mineiro, que foi o mais votado do país nas eleições de 2022, também deve apoiar outros candidatos do PL que estão disputando as eleições municipais de 2024 no Rio de Janeiro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deve estar presente no palanque do bolsonarista….


Ah, a pesquisa…

Completam os mencionados pela pesquisa Datafolha, Rodrigo Amorim com 3%; Marcelo Queiroz (PP), 2%; Cyro Garcia (PSTU), 2%; Carol Sponza (Novo), 1%; e Juliette Pantoja (UP), 1%. Henrique Simonard (PCO) não pontuou. Brancos e nulos somam 13%, e os que não sabem ou não responderam são 5%.


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