Antes de receber o seu registro profissional do Creci-RJ, Gisele Cardoso Silva de Sena (Creci-97851) chegou a ser convocada duas vezes. Só que não conseguiu, pois a cirurgiã vascular estava de plantão no Hospital Salgado Filho. Na segunda-feira, 26 de agosto, chegou a hora, com a realização da solenidade de entrega de registros profissionais para 323 novos corretores de imóveis, no Clube de Engenharia.
A médica, que foi oradora da turma que se formou, conseguiu cumprir o seu objetivo, uma vez que não estava de plantão. Afinal, ela assumiu a missão de continuar o trabalho do marido que faleceu e deixou uma carteira de clientes.
“Me senti na obrigação de dar continuidade ao trabalho dele”, contou a agora também corretora de imóveis. “É um desafio, mas a gente se adapta para se dedicar à nova profissão”, acrescentou, contando que o marido era corretor de imóveis e advogado e trabalhava com administração de imóveis.
Mudar a história e virar a chave profissional também está no roteiro de Célia Mathias de Souza (Creci-98810), moradora de Sepetiba, que trabalhou 15 anos com técnica de instalação e manutenção de redes na Oi.
Quando saiu da operadora em 2014, Célia viu que só sabia fazer aquele trabalho técnico. O jeito foi fazer outras atividades, como transporte escolar, para ganhar dinheiro.
O crescimento e as oportunidades oferecidas pela corretagem de imóveis motivou Célia a fazer esta nova escolha. “É um setor que está crescendo muito. Esta é uma profissão que dá para trabalhar por conta própria. Depois de uma certa idade, é difícil a gente arrumar um trabalho CLT”, explicou.
Aos 22 anos, Luiz Gustavo dos Santos e Silva (Creci-98842) se viu bem na área de corretagem de imóveis, ainda mais contando com o incentivo de um amigo. “É um mercado onde me encontrei, pois é uma área que tenho facilidade de comunicação e de fazer vendas”, contou.
Para a sua atuação como corretor de imóveis, o morador de Nova Iguaçu lembrou que trabalhava com processos de vendas online, vendo esta experiência como um diferencial na sua nova profissão.
“Este é um diferencial como corretor de imóveis”, avaliou Luiz Gustavo, que quer focar sua atuação no município da Baixada Fluminense, trabalhando inicialmente com imóveis do Minha Casa Minha Vida.
Sem querer ficar limitado a um salário, Márcio Adriano Silva Correia (Creci- 98938) não teve dúvidas em escolher a profissão de corretor de imóveis, no lugar de trabalhar com atendimento publicitário por muitos anos, além de ter uma empresa de eventos.
“Como corretor de imóveis, é possível ter ganhos ilimitados, trabalhando bem e entendendo a profissão, que dá um retorno que você merece e trabalha muito e bem”, analisou Márcio Correia, que quer focar o seu trabalho no Recreio dos Bandeirantes, bairro onde mora.
Confira nossa galeria, para ver mais fotos da solenidade.
Os corretores de imóveis têm muito a celebrar nesta terça-feira, dia 27 de agosto, quando a regulamentação da profissão completa 62 anos. Por conta da flexibilidade da atividade, da valorização e da possibilidade de altos ganhos, a profissão tem atraído cada vez mais pessoas.
O número de inscritos no Creci-RJ está perto de 100 mil profissionais, dos quais 60 mil ativos. No país todo, a marca supera os 600 mil corretores de imóveis, de acordo com dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).
A profissão desperta o interesse também por conta das várias opções de trabalho que oferece, indo desde a captação do imóvel até a concretização do negócio, passando pela análise documental, avaliação imobiliária, lançamentos e locação.
Pesquisa efetuada pelo Sistema Cofeci-Creci, em parceria com o CIMI 360 (Congresso Internacional do Mercado Imobiliário da América Latina) e Real Estate Intelligence (REI), mostra que grau de satisfação com a profissão subiu de 73% para 83% nos últimos 14 anos.
Para 33% dos corretores entrevistados, a oportunidade de ganhar muito dinheiro é o principal fator que atrai as pessoas para a profissão, enquanto 11% entraram na área por iniciativa familiar.
A crença de que o corretor ganha acima da média é verdadeira. Dados do primeiro trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua IBGE) indicam um rendimento habitual médio real de R$ 3.222.
De acordo com o levantamento do Cofeci, 90% dos profissionais recebem acima de R$ 3.422, sendo 19% considerados executivos imobiliários, ou seja, os que ocupam a posição entre os 5% mais ricos do país, com rendimentos superiores a R$ 10 mil reais mensais.
O estudo também revelou o perfil da classe profissional. A maior parte dos corretores de imóveis tem entre 35 e 49 anos, e 62% são graduados em alguma especialidade. Entre os que possuem graduação, Administração e Direito foram os cursos mais citados.
No estado do Rio de Janeiro, são cerca de 100 mil profissionais inscritos e quase 60 mil ativos. Em nível nacional, a classe ultrapassa a marca dos 600 mil.
“Analisando os dados do nosso Conselho Federal, podemos entender a significativa representatividade do Rio de Janeiro dentro do sistema. Somos quase 100 mil em um universo de 600 mil em todo o país, sendo uma responsabilidade muito grande a nossa: fomentar a valorização profissional e garantir a segurança jurídica da sociedade em intermediações imobiliárias”, disse o presidente do Creci-RJ, Marcelo Moura.
Segundo João Eduardo Correa, vice-presidente do Creci-RJ, é importante
ressaltar que os ganhos do corretor de imóveis podem variar dependendo de fatores como a localidade em que atua, o tipo de imóvel e a experiência do profissional.
“Os corretores cobram comissões que variam de 5% a 6% do valor da venda de um imóvel. Além disso, os que trabalham em imóveis de alto padrão ou em nichos específicos, podem ter um rendimento significativamente maior”, ressalta.
Para Heitor Kuser, CEO do CIMI360, esses números evidenciam a valorização da profissão no mercado imobiliário. “Não se trata de vender imóveis, e sim mudar a vida das pessoas. As necessidades dos clientes mudam e novas tendências emergem. Com isso, cabe ao corretor se adaptar e oferecer soluções personalizadas na hora da consultoria, formalização de estratégias e facilitação do acesso à casa própria”, disse.
A profissão de corretor de imóveis é regulamentada pela Lei Federal nº 6.530, de 12 de maio de 1978. Para exercê-la, é necessário concluir o
Curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou o Curso Superior de Gestão em Negócios Imobiliários.
Após a conclusão do curso, o próximo passo é dar entrada nos trâmites de inscrição no Conselho. Uma informação importante: só é de fato corretor de imóveis aquele que possui registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis de seu estado de origem.
Uma pessoa que realiza a intermediação imobiliária sem o registro no Conselho está praticando o exercício ilegal da profissão. O corretor de imóveis é o único profissional que transmite segurança jurídica para a sociedade em negociações imobiliárias.
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A Coluna Foco Imobiliário é produzida com material enviado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ)
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