Opinião

Depende dos pontos de vista, mas vamos aos fatos…

*Por João Leal

Feliz pelo convite do amigo Marcos Luz, reconhecido jornalista e empresário, terei a honra de ter uma coluna semanal, sempre às terças-feiras, no Portal Conexão Fluminense e no Jornal Diário Comercial.

Nesta segunda-feira tive a oportunidade presenciar a partida oficial da usina termelétrica GNA II, localizada no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, na realidade a usina já despacha energia, foi uma simbólica e muito prestigiada “inauguração” com a presença do Presidente da República, de três ministros, secretários de Estado, parlamentares dentre outras autoridades públicas.

Com capacidade instalada de 1.673 megawatts, é a maior usina termelétrica movida a gás natural do Brasil e representa cerca de 10% da geração a gás natural na matriz elétrica nacional.

A UTE GNA II junto a UTE GNA I, também localizada no Porto do Açu, juntas formam o maior complexo de geração a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada.

A GNA II possui tecnologia de ciclo combinado, utilizando turbinas a gás e a vapor, o que garante alta eficiência. Além disso, a usina foi projetada para operar com até 50% de hidrogênio em substituição ao gás natural, e utiliza água do mar dessalinizada, preservando os recursos hídricos.

A usina também gerou cerca de 10 mil empregos durante a construção, com um programa de qualificação profissional que beneficiou a comunidade local, especialmente, do Município de São João da Barra.

O início da operação da GNA II reforça a segurança e resiliência do Sistema Interligado Nacional (SIN), além de contribuir para a diversificação das fontes de energia do país.

O empreendimento faz parte do Novo PAC do Governo Federal e recebeu investimentos de R$ 7 bilhões.

Em tempo, não obstante o Presidente ter apresentado o Brasil como um ator estratégico para a transição e segurança energética perseguidas pelo mundo, citando algumas matrizes que consagram tal papel, lamentavelmente nada falou sobre a matriz nuclear e a urgente é necessária retomada das obras de Angra 3.

Em seu discurso no evento o Presidente Lula também vociferou contra o ex-Presidente Bolsonaro chamando-o de “coisa” e o acusando de traidor da pátria em virtude de suposta influência no tarifaço americano decretado pelo inconsequente Presidente Trump.

Do outro lado, o ex-Presidente Bolsonaro e, especialmente, seu filho e Deputado Eduardo, alardeando que supostos desatinos da política internacional do atual governo federal contribuíram para a tempestade fiscal que podemos enfrentar.

Fato é que quem pode pagar esta conta são os empresários, pequenos, médios e grandes, afinal de contas as cadeias produtivas envolvidas na exportações para os E.U.A. são amplas e o trabalhador à medida que tem seu posto de trabalho ameaçado ante a possíveis reduções de produção.

Aguardemos atentos e planejando eventuais medidas de socorro para quem empreende as consequências posteriores ao 1º de Agosto, data prevista para o início desta desproporcional medida ante, especialmente, ao superávit comercial americano com o Brasil.

Até lá sigo acreditando que o caminho para o Brasil dar certo é de mais equilíbrio, menos polarização, mais planejamento, pensamento de médio e longo prazo e foco em resultados baseado em indicadores mensuráveis.

Tenho dito…


*João Leal é superintendente de Portos, Terminais e Assuntos Nucleares da Seenemar/RJ

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