Marcos Santos, presidente da Suderj, Eucy Lima, Davi Victor e Jorge Mansur
O Setembro Azul, mês de conscientização dos surdos, reserva uma boa surpresa para quem sofre da deficiência que a sociedade não vê: o lançamento do curta A Deficiente Invisível, da jornalista surda oralizada Eucy Lima, de 59 anos, que ocorre estaa quarta-feira (24), às 16h, na Cinemateca do MAM, na Praia do Flamengo. A proposta do filme é contar a história de quatro surdos oralizados, chamando a atenção para a invisibilidade do problema na sociedade.
Eucy Lima estreia como diretora após ser contemplada com uma bolsa do Ministério da Cultura no ano de 2023. Para tanto, ela concorreu com cerca 660 projetos apresentados ao Minc, dos quais 10 foram escolhidos em todo o Brasil. Do grupo dos 10, o único PCD é o da jornalista carioca.
“Tinha a necessidade de mostrar à sociedade essa nossa invisibilidade. Como surdos oralizados, falamos e não usamos libras, mas ninguém acredita que somos deficientes. E nós, somos! Precisamos ser vistos para que o governo edite políticas públicas para nós”, alertou Eucy que teve a perda auditiva detectada pelo doutor Marcos de Savart, em 1999.
Sobre a mensagem que o filme quer passar, a jornalista explica que dar visibilidade aos surdos é o foco principal. “A mensagem do filme é nos dar visibilidade, pois a surdez ela é diversa. Existe surdo-mudo, aquele que nasceu surdo e por isso usa libras. Existem vários tipos de surdez. Existe o surdo que usa implante coclear, os que usam próteses auditivas, enfim a diversidade surda é enorme e pelo fato da gente falar, ninguém acredita na nossa deficiência”, explica.
Um desses que usa implante coclear é Marcos Santos, presidente da SUDERJ, que participa do curta e acredita que o lançamento vai mostrar muitas particularidades desconhecida da sociedade: “A temática do filme gira em torno de uma realidade muitas vezes desconhecida, até mesmo entre pessoas do meio PCD, e desperta o olhar para algumas particularidades da deficiência auditiva”, acrescentou Marcão.
O roteiro é de Jorge Monclair, a adaptação do roteiro e a produção executiva do curta A Deficiente Invisível é de Jorge Mansur. A direção de fotografia é de Davi Victor, e a trilha sonora, de Paulo Baiano. Assessoria técnica da fonoaudióloga Mônica Campello.
“Foi um presente ter o Marcão no filme, que contribuiu muito. Ele é um surdo e como ele produz tanto por meio do trabalho que desenvolve à frente da SUDERJ, quase ninguém percebe essa deficiência dele. Ter conhecido o Marcão foi muito bacana e sou igual a ele, ou seja, invisível na sociedade”, elogiou a diretora.
Além da própria autora, fazem parte do documentário os surdos oralizados o publicitário Marcos Antônio dos Santos, o Marcão, presidente da SUDERJ; Paula Pfeifer, criadora do Clube Surdos que Ouvem; Marcelo Pedrosa, idealizador do Movimento Legenda Nacional; Solange Rocha, historiadora e diretora-geral do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES); o otorrinolaringologista Marcos André de Sarvat; e a audiologista Suely Guedes.
SERVIÇO
Evento: A Deficiente Invisível
Local: Cinemateca do MAM
Dia: 24
Horário: 17h
Entrada: Franca
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