O Centro Cultural dos Correios, no Centro da capital fluminense, inaugurou na última quinta-feira (22) a exposição gratuita Handmade: Enredos Femininos. A mostra ficará aberta até cinco de outubro, sempre de terça-feira a sábado, das 12h às 19h. A classificação é 16 anos.
A mostra reúne 90 artistas de todo o país. A maior parte do grupo de artistas é formada por mulheres. Mas homens que tenham uma proposição de trabalho que fale sobre o feminino também participam.
“A ideia central é conectar ao feminino, à manufatura, à própria ideia do fazer artístico com as feminilidades. E a gente não entende feminilidades só com mulheres. É uma proposição inclusiva. Quem se identificasse com o seu feminino poderia participar. Pode falar de ancestralidade, de memória, de afetividade. Tudo que passa a ideia da arte contemporânea e que fale do feminino”, disse à Agência Brasil uma das curadoras da exposição, Cota Azevedo.
Manufatura têxtil é destacada na exposição
A mostra coletiva celebra a manufatura têxtil. A ideia é do fio que conduz a linha, explicou Cota. E está ligado ao feminino dentro de suas próprias transgressões e de desenvolvimento de identidades. ”A gente tem muitas obras que questionam o status quo, muitas obras que falam de memória feminina que vem passando de geração em geração. Pode ser um fio simbólico, um fio dentro de uma linha temporal ou mesmo um fio dentro de uma manufatura. Por isso, o nome Handmade: Enredos Femininos”, explicou.
Muitos trabalhos traduzem a ideia do fio como elo afetivo e o simbolismo do fio condutor dentro de uma narrativa poética. “O visitante vai chegar e tentar desvendar aquele trabalho dentro da sua simbologia, dentro do próprio valor do handmade (feito à mão)”.
Peças de diferentes tipos integram Handmade
As peças reúnem esculturas, instalações, fotografias, pinturas e objetos que partem de tramas e elementos têxteis. O público terá a oportunidade de vivenciar uma experiência sensorial.
Com curadoria de Cota Azevedo e Amanda Leite, a exposição é produzida pela PLURAL. Além disso, a a iniciativa tem o apoio da Cultura, Integração e Artes (CUIA). A ênfase na utilização do têxtil como meio artístico permite que os artistas explorem texturas, suportes e significados associados a esse material. Os registros das performances de artistas relacionadas também à manufatura têxtil ficarão dentro do Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro para acesso dos visitantes.
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