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Governo estadual investe R$ 700 mi na reconstrução da infraestrutura e economia de Petrópolis

Um ano após o temporal que atingiu Petrópolis em 2022, o ambiente de retomada pode ser visto por todo o município da Região Serrana. O Governo do Estado investiu R$ 700 milhões na reconstrução da cidade, além de revitalizar e construir novas estruturas. 

As obras e programas estaduais garantiram o retorno à normalidade e a esperança de dias melhores para a população atingida.

No caso de obras de infraestrutura, foram destinados R$ 255 milhões para contenção de encostas na Avenida Portugal, avanços nas complexas obras do túnel extravasor do Rio Palatinato, recuperação da importante Avenida Washington Luiz, reforços feitos na Rua Teresa, contenção e drenagem na Rua Pedro Ivo, bem como a colocação de ferragens nos pontos de instalação dos tirantes na Rua Conde D’Eu e Olavo Bilac.

“O que aconteceu em Petrópolis marcou a vida de todos que estiveram no município para atender às emergências. Desde as primeiras horas quando chegamos ao município (no dia da tragédia), sabíamos que, além de proteger a vida das pessoas, era preciso ter uma resposta muito contundente para dar à cidade a capacidade de seguir funcionando após o desastre natural. Determinei que nossas secretarias e órgãos agissem da maneira mais rápida e objetiva possível para que as pessoas pudessem ter a tranquilidade de ir e vir restabelecida o quanto antes”, afirmou o governador Cláudio Castro.

Reconstrução econômica de Petrópolis

Além das ações atualmente coordenadas pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Cidades, programas do Governo foram fundamentais para a retomada econômica. Mais de 21 mil pessoas foram beneficiadas com o Aluguel Social no último ano, um investimento de R$ 17,5 milhões do Estado. Esta foi uma das principais medidas adotadas para famílias que perderam suas casas ou tiveram a residência interditada. O valor do benefício foi fixado em R$ 1 mil, sendo R$ 800 pagos pela administração estadual e R$ 200 pela prefeitura.

O Cartão Recomeçar, com o valor de R$ 3 mil para débito, foi entregue à população de baixa renda que ficou desabrigada ou desalojada. O auxílio foi usado principalmente para a compra de móveis e eletrodomésticos novos.

Originalmente criado para ajudar famílias a superarem as dificuldades ocasionadas pela pandemia da Covid-19, o SuperaRJ passou a permitir que os moradores atingidos recebessem um auxílio, podendo acumular com outros benefícios, como o Recomeçar. Em 2022, foram investidos na Cidade Imperial mais de R$ 54 milhões pelo SuperaRJ para 31.698 beneficiários.

Outro ponto fundamental para a reconstrução econômica foi o Programa Reconstruir Petrópolis, viabilizado pela Agência Estadual de Fomento (AgeRio). A medida atendeu às demandas de 3.303 empreendedores, com um total de R$ 207,1 milhões em financiamentos com juro zero e uma carência de 12 meses para começar a quitar seus empréstimos.

Programas assistenciais do Governo do Rio

Para os moradores, os programas assistenciais representaram um alívio diante da situação de calamidade. Moradora do Alto da Serra, a confeiteira Alessandra Lima, beneficiada com o Cartão Recomeçar, usou o crédito de R$ 3 mil para comprar material para voltar a trabalhar, equipamentos e itens para a casa, que foram perdidos com a enxurrada.

“O cartão me ajudou muito, pois sou confeiteira e precisava voltar ao trabalho, já que a gente ficou muito tempo parado. Compramos alguns materiais para trabalhar, equipamentos e coisas para a casa, pois a gente precisa recomeçar de alguma forma. Como a cidade inteira parou, muita gente ficou sem emprego. Tínhamos só a renda do meu esposo, o trabalho também deu uma parada por conta da pandemia e da tragédia. Foi um alívio”, lembrou Alessandra.

As condições na cidade atingiram em cheio as preocupações de microempreendedores individuais, autônomos, informais e até empreendedores de médio porte. Leonel Ueslei Ventura Torres, proprietário da cafeteria Café Carioca, localizada no Centro de Petrópolis, contou que o crédito de R$ 70 mil da AgeRio ajudou a manter o sustento dos funcionários e o pagamento de fornecedores.

“Ficamos aproximadamente 60 dias sem produzir. A água devastou tudo e ficamos um período sem conseguir vender, pois as pessoas não vinham e tinham medo. O crédito nos garantiu novo mobiliário, nova estrutura, mas sobretudo a possibilidade de manutenção do negócio, dos fornecedores também afetados. A chegada do financiamento foi fundamental porque já vínhamos com problemas desde o início da pandemia. O caminho era fechar nossos negócios e não retornar. Mas, com as condições oferecidas pela AgeRio, que nos permitiu contrair a linha de crédito, com carência e sem taxa, comemoramos o nosso recomeço”, destacou.

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