Os heróis do cotidiano de uma cidade com acessibilidade limitada
*Por Tamima de Souza
Ouvi dizer que os atletas paraolímpicos não gostam de ser chamados de heróis, mas de atletas de alto rendimento. Achei bem lógico esse pensamento, já que o heroico deles é no dia a dia, no se deslocar de um local até o tratamento ou até o centro de treinamento.
Eles são verdadeiros desbravadores de uma Cidade que não está preparada para a sua necessidade, são desde calçadas desniveladas, esburacadas, finas demais, cheias de postes até ao transporte público que não tem o suporte necessário para o acesso de pessoas com deficiência.
É no dia a dia que essas pessoas são heroicas, no aceitar que o corpo deles não é bem visto e mesmo assim se deslocam contra tudo e contra todos para que possam chegar ao tratamento, ao centro de treinamento, ao trabalho, ao mercado e por aí vai.
As Paraolimpíadas terminam e tivemos um show de medalhas e superação, esses atletas demonstraram que merecem a nossa atenção e orgulho.
O momento deve nos levar a pensar sobre as melhorias que a Cidade precisa fazer para que todos, atletas ou não, possam ter uma mobilidade sem complicações.
O Rio 2016 trouxe consigo a promessa de um legado olímpico, não irei ser negligente e dizer que nada aconteceu, mas onde ficou o legado para as pessoas com deficiência?
Ano de eleição, ano de parar para exigir a melhoria da Cidade, ano de pensar não só no melhor para si, mas no melhor para todos.
*Tamima de Souza, advogada, é sócia da sociedade Armando de Souza Advogados e presidente da Comissão de Trânsito e Mobilidade Urbana do Instituto do Advogados Brasileiros (IAB Nacional).
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