A campanha Outubro Rosa, de prevenção ao Câncer de Mama, terminou. Mas a luta continua para o tatuador Beto Tattoo. Ele se especializou em realizar tattoos de bicos de seios em mulheres que passaram pelo procedimento da cirurgia reparadora da mastectomia.
O trabalho hiper realista vai além dos mês de campanha do outubro rosa e continua transformando a vida de mulheres como ferramenta para a volta da autoestima. De seu estúdio no Leblon, na Zona Sul da capital fluminense, Beto Tattoo se coloca disponível para ajudar as mulheres.
“Fechamento do outubro rosa, receber carinho e abraços dessas guerreiras e familiares é algo inexplicável”, postou Beto, suas redes sociais. “Outubro rosa, você vai, mas nós seguiremos rosas de janeiro a janeiro”, completou.
Graças à sua atuação, o atuador carioca recebeu uma homenagem da entidade Fazer o Bem Nos Faz Bem, que é signatária da Caminhada Pela Vida de conscientização do câncer de mama. Ele recebeu um certificado de reconhecimento por sua contribuição a manifestação do amor, da caridade e da frequência com que ajuda ao próximo.
O trabalho dá não só o reconhecimento público para Beto Tattoo, mas também amigas para o resto da vida. Em suas redes sociais ele posta, entre outras ações, visitas que pacientes que passaram pela cirurgia reparadora que fizeram a tatuagem com ele, mesmo anos depois de ter vencido o câncer de mama.
Entre as postagens, uma ex-paciente que fez o retoque do desenho e que já havia vencido o câncer há cerca de seis anos. Além disso, ele relata participações em eventos voltados ao outubro rosa, como o Lacinho Rosa, em São Gonçalo, na região metropolitana.
O trabalho, segundo Beto Tattoo, começou há pouco mais de dez anos, quando atendeu uma mulher que tinha uma falha na aréola de um dos seios por conta do câncer. Ela havia ficado 17 anos na fila para fazer a cirurgia corretiva. Depois dela ter feito a tatuagem, mais dez amigas dela apareceu para fazer o mesmo e foi aí que começou o trabalho. “Decidi abraçar e não parei mais. São 11 anos já”, comentou ele.
Com isso, nesses anos, ele calcula que já foram atendidas perto de 4 mil mulheres, sendo um volume de quatro a cinco por semana. Para o tatuador, o objetivo desse trabalho é devolver a autoestima as mulheres que passaram pela operação, já que deixa marcas psicológicas profundas.
“A ausência de uma aréola já resultou em centenas de separações e levando a depressão, que é um dos fatores da metástase. É importante demais para a mulher e sua identidade”, disse ele.
De acordo com ele, o atendimento é feito o ao inteiro, as segundas e quartas-feira de toda a semana e o ano inteiro, independente de ser outubro rosa ou não. Segundo ele, as mulheres chegam até ele por meio de médicos, não só do Rio de Janeiro, mas de vários estados do país.
E agora o trabalho de Beto se estende também a pacientes de vitiligo. Após a década de experiência em ajudar a reparar a aréola do seios das mulheres que sofrem com câncer, ele também está ajudando pessoas com problemas de vitiligo.
Assim como o câncer, essa doença também deixa marcas e lesões pelo corpo, também trazendo problemas no visual e na autoestima das pessoas. Ainda que não seja tão grave quanto o câncer, deixa marcas severas pelo corpo.
De acordo com a Secretaria de Saúde do município do Rio de Janeiro, o outubro rosa tem como o objetivo fazer um alerta para o cuidado necessário da saúde da mulher, incluindo outros tipos de neoplasias que atingem essa população, como o de colo de útero.
Entre formas de combate à doença, a prevenção e o diagnóstico são importantes métodos para a redução da mortalidade e o avanço da enfermidade. No primeiro semestre de 2023, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diagnosticou 385 novos casos de câncer de mama em todo município do Rio.
Para notar o desenvolvimento do câncer, a secretaria informa que é primordial observar sinais como caroço nas mamas ou na axila, inchaço ou dores na região da mama, inversão, secreção ou descamação do mamilo e pele com aspecto enrugado, avermelhada ou irritada são alguns indicativos essenciais. No Sistema Único de Saúde (SUS), métodos como camisinha, vacina contra HPV, exames clínico e citopatológico, mamografia e ultrassonografia são ofertados para prevenção, diagnóstico e tratamento de pacientes da rede.
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