As ações da Prefeitura de Petrópolis para a prevenção de desastres e redução de riscos têm sido bastante elogiadas e colocam a cidade como referência nacional quando o assunto é proteção e resiliência.
Em recente artigo assinado pela equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) na revista The Scientist, uma das publicações científicas mais importantes do mundo, destacou que a Defesa Civil de Petrópolis é uma das melhores do Brasil.
Um trabalho que se consolidou em 2013, quando o prefeito Rubens Bomtempo transformou a coordenadoria em secretaria. Ou seja: mais estrutura, mais profissionais e uma gestão específica para a prevenção de desastres e redução de riscos.
O cientista e climatologista Carlos Nobre, idealizador do Cemaden, reforçou a importância da política de prevenção e resiliência do município da Região Serrana. “De todos os eventos climáticos dos últimos dez anos no Brasil, apenas um não foi previsto: o do dia 15 de fevereiro de 2022 em Petrópolis. Um evento meteorológico que os sistemas de previsão não capturaram, uma coisa rara”.
Fortalecer a cultura da resiliência é um trabalho que possui várias frentes. A mais visível delas pôde ser observada no Plano de Contingência, incluindo o Protocolo de Inundação.
Este protocolo inclui as cancelas eletrônicas, instaladas em três pontos do corredor do Rio Quitandinha: Ponte Fones (largo que liga a Olavo Bilac e a Avenida General Rondon à Rua Coronel Veiga); cruzamento das Duas Pontes e na Rua Rocha Cardoso (na altura da UPA Centro, rua que dá acesso à Washington Luiz nos sentidos Quitandinha e Rua do Imperador).
“Petrópolis conta com sistema de sirenes nas comunidades; alertas por mensagem de texto e até na TV por assinatura; Núcleos Comunitários que estreitam a comunicação entre a Defesa Civil e os moradores, que estão na ponta; Plano de Contingência e o Centro Integrado de Monitoramento e Operações, o Cimop. São ações que permitem mitigar os riscos, com os alertas aos moradores; e uma resposta mais organizada em situações de desastres”, destaca o prefeito Rubens Bomtempo, lembrando que Petrópolis recebeu o título de Cidade Resiliente por parte da Organização das Nações Unidas (ONU).
Também foram instaladas sirenes, que avisam sobre a possibilidade de inundações (importante dizer que estas sirenes são diferentes das sirenes que alertam para riscos de deslizamentos em comunidades).
Além disso, motoristas e pedestres foram orientados pelas ilhas de segurança, que foram demarcadas com sinalização horizontal e vertical no corredor do Rio Quitandinha e nas principais áreas do Centro Histórico. Também como parte do Plano de Contingência, a Defesa Civil intensificou as rondas preventivas: antes e depois dos períodos de chuvas, as equipes visitam as principais áreas para checar possíveis ocorrências e prestar apoio aos moradores.
Outra ação para mitigar riscos e instalar a cultura de prevenção em cada comunidade é o fortalecimento e a ampliação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudec). Em 2021, eram 13. Agora, já são 25, que atendem a 77 comunidades.
Desde as chuvas de 2011, Petrópolis também conta com 18 sirenes, instaladas nos seguintes locais: 24 de Maio (Morro do Estado e Rua Nova); Alto da Serra (Ferroviários); Bingen (João Xavier); Dr. Thouzet (Dr. Thouzet); Independência (Rua Ó e Taquara); Quitandinha (Amazonas, Ceará, Duques, Espírito Santo e Rio de Janeiro); São Sebastião (Adão Brand e Vital Brasil); Sargento Boening (Rua E); Siméria (Frente para o Mar); Vila Felipe (Campinho e Chácara Flora). Essas sirenes emitem dois alertas: o da possibilidade de chuvas fortes e o risco de deslizamentos generalizados nas comunidades.
Ao ouvir a sirene, os moradores devem ir para um dos 66 pontos de apoio espalhados pela cidade – escolas, igrejas, associações de moradores e pontos comuns, reconhecidos pelos moradores. “São várias ações, em várias frentes, que vão tornando, no conjunto, a cidade mais resiliente. Petrópolis tem características geográficas únicas no país e, por isso, o investimento nesta política de prevenção é ainda mais importante. E, quando a gente observa as ações tomadas, é possível dizer que temos um conjunto muito robusto de proteção”, reforça o secretário Kempers.
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