A prefeitura de Niterói ,no Leste Fluminense, encerrará 2022 com o planejamento de revitalização da cidade em prática para consolidar a infraestrutura em 2023. Nem sempre percebidas por quem transita nas avenidas das cidades, as obras de contenção de encostas têm um papel fundamental para conter deslizamentos de terra e tragédias, principalmente durante os meses de chuva frequente.
Só em 2022, a Prefeitura de Niterói investiu cerca de R$ 17,6 milhões em obras de contenção em vários pontos da cidade. Fonseca, Ilha da Conceição, Boa Viagem, Engenhoca e Camboinhas foram alguns dos bairros contemplados. Para 2023, a meta é investir R$ 150 milhões.
“Essas obras de contenção de encostas dão continuidade ao programa iniciado em 2013, quando foram feitos investimentos na ordem de R$ 500 milhões ao longo dos últimos anos. Niterói tem hoje um dos maiores programas em termos de investimentos de proteção geotécnica. Vamos atualizar e complementar o mapeamento de risco para deslizamento e alagamento”, enfatizou o prefeito Axel Grael.
O presidente da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa), Paulo Cesar Carrera, ressalta a importância das obras de contenção para toda a cidade.
“Iniciar uma obra é muito bom, mas concluir é melhor ainda, pois sabemos que todo o investimento de recurso público e pessoal de cada servidor envolvido neste processo foi para o bem estar e a segurança do cidadão pagador de impostos”, afirma.
A contenção de encosta da Rua Zuleica Brasil, no bairro Chic, Fonseca, é uma das obras que estão em fase final. As intervenções incluíram colocação de cortina atirantada de 147m2, solo grampeado, sistema de drenagem e novas escadarias de acesso com colocação de guarda-corpo. O investimento foi de R$1,2 milhão.
As obras eram esperadas há muito tempo pelos moradores de Niterói entre eles o cozinheiro Laelson Faustino, que vive no bairro há 30 anos. “Eu já vi muitos desabamentos acontecerem aqui na rua, levando tudo. Essa obra foi a melhor coisa que aconteceu na nossa comunidade. Estamos muito felizes”, detalha.
Sua sobrinha, a doméstica Angelita Silva, faz coro. Ela lembra que antes das obras um problema frequente era a presença de mosquitos e ratos, porque o local era um depósito de lixo. “Isso é um presente pra nossa comunidade. Ficamos em cima dos moradores para não jogarem mais lixo, pra gente manter nossa comunidade bonita como está ficando agora”, diz.
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