O Conselho de Radiologia vem registrando um aumento de denúncias. (Foto de banco de imagens)
No primeiro semestre de 2025, o setor de radiologia no Estado do Rio de Janeiro foi marcado por um cenário alarmante. De acordo com o relatório da Coordenadoria de Fiscalização (COREFI) do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 4ª Região (CRTR-RJ), foram registradas 232 unidades com irregularidades sanitárias e 62 com infrações trabalhistas. Só entre março e junho, mais de 160 estabelecimentos apresentaram violações às normas que asseguram condições dignas de trabalho e segurança para profissionais da área.
O diretor-secretário do CRTR-RJ, Fabiano Ladislau, destacou que a fiscalização alcançou 37 municípios fluminenses — cerca de 40% do total —, inspecionando mais de 900 unidades e atingindo diretamente mais de 4 mil profissionais. Os dados refletem a necessidade urgente de medidas corretivas e da ampliação da atuação fiscalizatória do Conselho.
Entre os principais problemas identificados estão salários abaixo do piso estadual, ausência de adicional de insalubridade, falta de fornecimento de dosímetros e contratações sem vínculo formal. “As denúncias que recebemos mostram que, em muitos casos, até os próprios pacientes estão em risco”, alertou Fabiano.
Para enfrentar a situação, o CRTR-RJ vem notificando unidades e prefeituras responsáveis e, quando necessário, acionando a Justiça. A atuação é respaldada pela Lei nº 7.394/85 e conta com apoio do setor jurídico da entidade. “Buscamos sempre o diálogo institucional, mas, diante da omissão, acionamos os órgãos competentes”, afirmou.
O presidente do CRTR-RJ, Fabrício Oliveira, reforçou a gravidade da situação: “É inadmissível que, em pleno 2025, ainda precisemos lutar pelo cumprimento do piso salarial, fornecimento de EPIs e vínculos formais. Nossa atuação é firme e contínua”.
Casos recentes ilustram a dimensão do problema. No nível estadual, o Conselho ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Estado do Rio de Janeiro, cobrando medidas nas unidades Rio Imagem, Fundação Saúde e empresa Bravo Engenharia. Em Duque de Caxias, a prefeitura foi notificada por contratação irregular e atrasos salariais. Em Belford Roxo, houve denúncia de não pagamento do adicional de insalubridade e ausência de dosímetros. Já em Saquarema, técnicos relataram salários abaixo do piso, contratações irregulares e ausência de locais adequados para descanso.
Diante desse panorama, o CRTR-RJ segue intensificando as fiscalizações e reforçando sua atuação legal em defesa da saúde dos trabalhadores e da segurança da população atendida pelos serviços de radiologia.
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