Esta semana tem tudo para ser um divisor de águas para o setor energético fluminense. Nesta terça-feira (18), o Conselho Nacional de Política Energética decidirá pela retomada das obras de construção da Usina de Angra 3, no Sul Fluminense. É clara, evidente e unânime entre os personagens da indústria nuclear brasileira a importância estratégica desta decisão para a setor nuclear fluminense.
A expectativa é que a construção de Angra 3 gere, somente durante a fase de obras, mais de 5 mil empregos diretos e mais de 15 mil empregos indiretos. A tendência é que o complexo nuclear opere por até cem anos gerando emprego, renda e desenvolvimento para o estado do Rio de Janeiro.
Único coordenador de energia nuclear em atividade no Brasil, João Leal, Superintendente de Portos, Terminais e Assuntos Nucleares na SEENEMAR/RJ, falou sobre a construção de Angra 3.
“Eu destaco a importância estratégica deste projeto para o desenvolvimento econômico do estado do Rio de Janeiro, à medida que ele traz à rebote milhares de empregos e incrementa de forma substancial a arrecadação do estado”.
Em vídeo divulgado pela Seenemar/RJ, o secretário da pasta, Cássio da Conceição Coelho, falou sobre o impacto do projeto para o Rio de Janeiro. “A usina nuclear de Angra 3 já recebeu investimentos bilionários, além de ser uma fonte estratégica de energia limpa, impulsionando a descarbonização energética no mundo. A conclusão do projeto de Angra 3 trará benefícios diretos para a economia da população do nosso estado e do Brasil, sobre tudo do ponto de vista do desenvolvimento econômico.
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No mesmo vídeo, o deputado Federal Julio Lopes (PP-RJ) citou o retorno do investimento que será feito no projeto de Angra 3. Nós temos um estudo da Fundação Getulio Vargas que fala de R$ três a cinco a cada R$ 1 investido. Teremos um investimento de R$ 30 bilhões, portanto algo em torno de R$ 90 bilhões a R$ 150 bilhões de impacto econômico”.
O mesmo estudo aponta que a energia nuclear contribui com aumento de R$ 3,1 bilhões em produção, sendo 68% no Rio de Janeiro e adiciona R$ 2 bi no Produto Interno Bruto (PIB), sendo 80% no Rio de Janeiro.
O levantamento mostra ainda que além da geração da energia e das aplicações na medicina, o setor nuclear apresenta outras utilizações como Agricultura, Bens de Consumo, Indústria, Recursos Hídricos e Transporte.
Sobre a poluição nuclear, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear afirma Francisco Rondinelli afirma que é garantida a operação segura das usinas nucleares, inclusive no que se refere ao tratamento dos rejeitos radioativos gerados durante a operação das usinas.
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