Reurbanização do Aterro do Flamengo começa em outubro

A Prefeitura do Rio de Janeiro prepara um novo projeto de reurbanização para o Aterro do Flamengo, área tombada e reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. A proposta inclui melhorias estruturais e paisagísticas, com destaque para a criação de uma nova área verde no local de um estacionamento subutilizado, além de intervenções na Orla Burle Marx. Também está prevista a implantação de um sistema de drenagem, nova pavimentação e a instalação de uma área exclusiva para embarque e desembarque de veículos.

A licitação das obras está marcada para o dia 14 de julho, com início das intervenções programado para outubro de 2025, mês em que o parque completará 60 anos.

Projeto de reurbanização ainda é limitado

Apesar de reconhecer o valor da iniciativa, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), Sydnei Menezes, alerta que a iniciativa ainda é limitada e não contempla as reais necessidades do espaço público. Para ele, o Aterro precisa de um plano diretor completo e de uma gestão específica, que considere a complexidade e a importância da área. “A Prefeitura está de parabéns, mas é importante lembrar que a iniciativa ainda é insuficiente. O Aterro do Flamengo precisa de infraestrutura mínima — como banheiros, bares, quiosques — para atender à população que frequenta esse espaço democrático e essencial para a cidade”, afirmou Menezes.

O Aterro do Flamengo, projetado por Affonso Eduardo Reidy com paisagismo de Roberto Burle Marx e idealização de Lota de Macedo Soares, tem 1,3 milhão de metros quadrados e oferece jardins, quadras esportivas, ciclovias, áreas de lazer e acesso à praia.

“Preservar o Parque é preservar um legado. Um projeto com tamanha relevância exige planejamento de longo prazo, atenção constante e o compromisso coletivo de valorização do patrimônio público”, concluiu o presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes.

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